O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje que a hotelaria registou 2,0 milhões de hóspedes e 5,4 milhões de dormidas em maio, correspondendo a subidas de 3,5% e 1,1%, contra descidas de 5,2% e 8,3% em abril.
Os proveitos totais aumentaram 9,1%, depois dos 2,5% registados em abril, atingindo 344,7 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento subiram 10,4% (2,6% em abril), ascendendo a 252,2 milhões de euros.
Em termos acumulados, de janeiro a maio de 2018, os hóspedes aumentaram 3,2% e as dormidas 1,5%, com as dormidas dos residentes a crescerem 3,4%, acima do aumento apresentado pelos não residentes (0,8%).
"Continuamos com um crescimento dos proveitos turísticos de cerca de 9,5% [em maio], sentimos que há cada vez mais concorrência dos outros mercados, mas a verdade é que estamos a conseguir crescer em valor. Tivemos um crescimento acumulado de cerca de 3,5% de turistas este ano, mas os proveitos turísticos a crescerem três vezes mais, apesar dos ótimos resultados que já tínhamos tido o ano passado", afirmou Ana Mendes Godinho na apresentação de uma nova campanha.
Tal facto "quer dizer que estamos a conseguir também posicionarmo-nos mesmo face aos outros destinos que, neste momento, estão a surgir com muita força – nomeadamente Egito, Turquia e Tunísia, que estão com crescimentos acima dos 100% - e, apesar disso, estamos a conseguir crescer num ritmo muito positivo", acrescentou a governante.
Em termos de exemplo, Ana Mendes Godinho apontou Espanha, que mesmo em termos de crescimento de receitas turísticas estagnou.
"Nas receitas turísticas o acumulado é de 11,8%, o que significa que estamos a conseguir cada vez mais trazer mercados que reconhecem o valor e deixam mais em Portugal, e também a crescer ao longo de todo o ano, o que nos permite que a atividade seja cada vez mais sustentável", afirmou.
Questionada sobre algumas manifestações de receio por parte dos agentes turísticos, nomeadamente com algum abrandamento do crescimento de dormidas, como no Algarve, Ana Mendes Godinho lembrou que "o objetivo não é continuar a crescer de uma forma que não seja sustentável".
"O nosso objetivo é que esse crescimento seja feito de uma forma consolidada, sustentada, alargando a todo o território – porque sentimos, claramente, que as regiões que estão a crescer mais eram as regiões tradicionalmente menos turísticas. Temos todos que continuar a trabalhar muito para afirmar as regiões como o Algarve – e é o que temos feito também na diversificação de produto – e trabalhar em conjunto.
A secretária de Estado lembrou também as "situações particulares como a falência de companhias aéreas, que tiveram influência, claramente (...)", afirmando que a capacidade aérea está, na globalidade, reposta para o Algarve, à exceção de para o Reino Unido, de onde estas companhias operavam mais regularmente.
"O nosso grande esforço, nomeadamente com a campanha que estamos a desenvolver para Algarve e Madeira, é precisamente trabalhar com companhias aéreas e operadores para conseguirmos continuar esta dinâmica de sustentabilidade, que é esse o nosso objetivo", concluiu.
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