De acordo com o INE, esta variação da remuneração bruta mensal média (posto de trabalho) é inferior em 0,8 pontos percentuais à observada em dezembro de 2020.
A componente regular daquela remuneração aumentou 3,6% e a remuneração base subiu 3,8%, atingindo 1.106 e 1.041 euros, respetivamente.
Em termos reais, descontando a inflação medida pela variação do Índice de Preços do Consumidor (IPC, que foi 0,4% em março), os aumentos das remunerações médias por trabalhador foram 2,7%, 3,2% e 3,4%, respetivamente.
Estes resultados, precisa o INE, dizem respeito a cerca 4,1 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações.
Quanto à remuneração bruta regular mensal média por trabalhador — que exclui componentes como os subsídios de férias e de Natal e tem, por isso, um comportamento menos sazonal –, registou um acréscimo de 3,6%, passando de 1.067 euros em março de 2020 para 1.106 euros em igual mês de 2021.
Segundo refere o INE, “esta componente registou um crescimento superior ao observado em dezembro de 2020 (mais 0,1 pontos percentuais).
Relativamente à remuneração bruta base mensal média por trabalhador (que inclui apenas a remuneração base), cresceu 3,8%, passando de 1.003 euros em março de 2020 para 1.041 euros em março de 2021. Esta variação foi superior em 0,3 pontos percentuais à de dezembro de 2020.
Comparando o ano de pandemia covid-19 (de março de 2020 a fevereiro de 2021) com o que o precedeu (de março de 2019 a fevereiro de 2020), verifica-se que a remuneração base mensal média por trabalhador aumentou 3,2% no total da economia (2,7% no ano anterior), 2,3% entre as empresas que recorreram ao ‘lay-off’ (2,5% no ano anterior) e 4,0% entre as empresas que nunca recorreram ao ‘lay-off’ (3,8% no ano anterior).
O número de trabalhadores diminuiu 1,9% (aumentou 3,5% no ano anterior) e o volume de remunerações aumentou 1,3% (6,2% no ano anterior).
Segundo os dados hoje divulgados, em março de 2021 a remuneração total variou entre 769 euros nas atividades de ‘agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca’ e 3.218 euros nas atividades da ‘eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio’.
Em relação ao período homólogo de 2020, o maior aumento da remuneração total foi observado nas atividades da ‘eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio’ (7,3%), seguido das ‘atividades administrativas e dos serviços de apoio’ (5,0%).
Por outro lado, foram observadas diminuições nas atividades da ‘administração pública e defesa'; ‘Segurança Social Obrigatória (menos 0,4%) e nas atividades de ‘transportes e armazenagem’ (menos 0,2%).
No setor institucional das Administrações Públicas (AP) observou-se um aumento homólogo da remuneração total de 0,7%, passando de 1.629 euros em março de 2020 para 1.641 euros em igual mês de 2021.
No setor privado, a remuneração total registou uma variação homóloga superior à do setor das Administrações Públicas (3,3%), passando de 1.100 para 1.137 euros.
O INE explica que “as diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado e nas qualificações dos trabalhadores que os integram”, sendo que “os trabalhadores do setor das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados”.
Distinguindo a evolução das remunerações entre as empresas que recorreram, pelo menos num mês, aos regimes de ‘lay-off’ simplificado e de apoio excecional à família (‘empresas lay-off’) e as empresas que nunca o fizeram (‘empresas não lay-off’), verifica-se que os trabalhadores das primeiras registam remunerações brutas base médias abaixo da média da economia (10,9% abaixo em março de 2021) e os segundos acima daquela média (14,9%).
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