À margem de uma visita a uma escola no Porto, que apoia jovens que deixaram de frequentar o ensino obrigatório, Rui Rio declarou que as forças que apoiam o Governo têm a “obrigação” de se “entender” e de “aprovar um Orçamento do Estado, a exemplo do que fez em anos que não foram eleitorais”.
“Se agora não se entende, fica comprovado que é um projeto sem unidade, é uma soma de interesses que deu nisto”, disse Rui Rio, referindo, todavia, que tem de se aguardar.
“Não nos vamos precipitar, o Orçamento [do Estado] tem de estar no parlamento a 15 de outubro e nós vamos ver se eles foram capazes ou não foram capazes”, acrescentou Rio, assinalando, contudo, que o Governo não se pode comprometer com o que depois “não pode dar”.
“Esperemos que para conseguir o Orçamento para 2019 também não ponha lá aquilo que o país não suporta, porque isso ainda era pior”, avisou.
Questionado pelos jornalistas se acreditava que o OE para 2019 fosse viabilizado, Rui Rio recordou que o PSD tem a perceção desde há três anos que a atual solução governativa é “uma coligação de circunstância” e “uma coligação negativa”, para evitar que o PSD tivesse conseguido ser Governo.
Rio explicou também que os orçamentos foram aprovados, passando a ideia que não era uma coligação negativa e que era um projeto político muito sustentado.
“Aquilo que nós estamos a ver é que efetivamente não é assim e estão com seríssimas dificuldades para vir a aprovar o próximo Orçamento do Estado em 2019”, porque vai haver eleições em 2019 e tanto o PS, como o PCP e o Bloco de Esquerda estão a querer “safar a sua própria pele”.
Rui Rio quer ver se “efetivamente” se trata de “um projeto” ou “uma coligação negativa”. “Vamos ver. Está na mão deles”, referiu.
Embora considere que existe uma “coligação parlamentar negativa”, facto que classifica como uma “apreciação política”, Rui Rio explicou que isso não significa que o PSD vá inviabilizar o Orçamento do Estado, porque “não tem posição” sobre um documento que desconhece.
Rui Rio falava depois da visita ao projeto Arco Maior, uma instituição do Porto que acompanha há seis anos cerca de 100 jovens e adolescentes que foram excluídos dos sistemas formais de educação e que acabaram por não completar a escolaridade obrigatória.
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