Ao protesto vão juntar-se trabalhadores da Bélgica, Holanda, Itália, Espanha e Portugal, segundo Yves Lambot, dirigente do CNE, citado por agência noticiosas, tendo a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) confirmado também a a data à agência Lusa.

À tarde, os responsáveis sindicais vão reunir-se com os chefes de gabinete do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e da comissária do Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade dos Trabalhadores, Marianne Thyssen.

No dia 07 de setembro, sindicatos europeus, incluindo o português SNPVAC, anunciaram que iriam avançar com uma greve ao trabalho na Ryanair.

A greve está a ser convocada por dois sindicatos italianos, o SNPVAC, uma estrutura sindical belga, duas espanholas e uma holandesa.

Em cima da mesa está, nomeadamente, a exigência para que os contratos de trabalho da Ryanair sejam feitos segundo a lei laboral nacional de cada país, e não a irlandesa, que tem sido a usada pelo grupo.

Caos?

A Ryanair recusou hoje que a greve provocará “caos” na companhia, visto ter “experiência” a lidar com estas paralisações e esperar que “a maioria” destes funcionários trabalhe.

“A Ryanair rejeitou hoje as falsas alegações do sindicato belga CNE, de que a greve marcada pela minoria dos tripulantes de cabine da empresa causará o caos nos nossos voos” em 28 de setembro, indica a empresa em comunicado.

Na nota à imprensa, a transportadora lembra “a sua experiência” em paralisações recentes, nomeadamente os cinco dias de greve, não consecutivos, dos pilotos irlandeses durante o verão.

“Em cada um desses dias, a Ryanair realizou 280 dos 300 voos previstos de e para a Irlanda”, aponta a companhia, explicando que isso foi possível porque “75% dos pilotos irlandeses trabalhou normalmente”.

O mesmo verificou-se esta quarta-feira, na Alemanha, visto que, apesar da greve, “mais de 70% dos pilotos e tripulantes alemães da Ryanair trabalharam”, permitindo a realização de 250 de um total de 400 voos diários (número que já tem conta os 150 voos que haviam sido cancelados previamente).

É isso que a companhia considera que vai voltar a acontecer no dia 28 de setembro: “A Ryanair julga que, mesmo que a greve limite a tripulação de cabine, a grande maioria […] em toda a Europa deverá trabalhar normalmente”.

A expectativa da transportadora é ainda que “uma maioria significativa da sua tripulação de cabine em Espanha, Itália, Bélgica, Holanda e Portugal também trabalhe normalmente, como aconteceu em paralisações anteriores”.

Se isso voltar a acontecer, “não haverá nenhum caos nas viagens nem interrupções generalizadas”, garante.

Citado pela nota, o responsável pelo ‘marketing’ da Ryanair, Kenny Jacobs, lamenta as várias greves ocorridas durante o verão e ressalva que, mesmo com essas paralisações, “houve muito pouca perturbação” nos voos da companhia.

“Se houver mais uma greve de tripulação de cabine mal sucedida no próximo dia 28 de setembro, […] a Ryanair notificará previamente os clientes de um pequeno número de voos cancelados”, acrescente aquele responsável, assegurando esforços para a realização da “esmagadora maioria” das viagens.

(Notícia atualizada às 11h47)