O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), foi preso esta noite nas Bahamas após as autoridades judiciais americanas terem apresentado acusações criminais contra o gestor e empresário.
"Na sequência da notificação recebida e das evidências apresentadas, foi considerado apropriado que o Procurador-Geral da República solicitasse a prisão de SBF e o mantivesse sob custódia nos termos da Lei de Extradição da nossa nação", foi este o conteúdo da declaração atribuída ao Procurador-Geral da República, Ryan Pinder. "No momento em que for feito um pedido formal de extradição, as Bahamas pretendem processá-lo prontamente, de acordo com a lei do país e as suas obrigações constantes do tratado com os Estados Unidos".
Também o procurador-geral das Bahamas, Ryan Pinder, informou em comunicado através do Twitter que os Estados Unidos "apresentaram uma denúncia" contra o empresário de 30 anos e que "provavelmente pedirão sua extradição."
Ambos os países "têm interesse em responsabilizar as pessoas ligadas à FTX que tenham defraudado o público ou violado a lei", disse, por seu lado, Philip Davis, primeiro-ministro do país.
Esperava-se que Sam Bankman-Fried testemunhasse perante um comité da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos nesta terça-feira, juntamente com John Ray, o novo diretor da FTX.
Nesta segunda-feira, em véspera da audiência no Congresso, John Ray acusou num documento divulgado os ex-executivos da plataforma de criptoativos de um "fracasso total" a todos os níveis de controlo, gastando sem limites o dinheiro dos clientes.
Considerada uma das principais plataformas de negociação de criptomoedas do mundo, a FTX interrompeu repentinamente a devolução do dinheiro depositado pelos clientes no início de novembro. O grupo entrou com pedido de falência em 11 de novembro.
A empresa criada por Sam Bankman-Fried viu a sua operação ser desmascarada quando vieram a público não só uma série de fraudes na forma como utilizava os fundos dos utilizadores da sua plataforma de transação de criptomoedas, mas também um conjunto de abusos de confiança naquilo que eram os seus parceiros institucionais, desde investidores a parceiros comerciais.
*Com AFP
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