O acordo com a biotecnológica vai agilizar a investigação em doenças raras e, como membro fundador, a Bial vai ter um papel fundamental na seleção, nas fases finais de desenvolvimento e na comercialização de programas terapêuticos, que serão anunciados nos próximos meses, informa em comunicado.

Esta é uma das parcerias que a OTXL está a desenvolver com biotecnológicas globais dedicadas a doenças raras, empresas farmacêuticas, CROs (Empresas Especializadas em Investigação Clínica), CMDOs (Empresas Especializadas em Fabrico Farmacêutico) e fornecedores de plataformas baseadas em Inteligência Artificial.

O objetivo das parcerias é retomar o desenvolvimento de terapias promissoras que estavam em fase de ensaios clínicos mas que foram descontinuadas pelas empresas devido a desafios financeiros e de mercado.

“O nosso objetivo ao apoiar este projeto ambicioso é fazer com que alguns destes tratamentos possam ser novamente investigados, nomeadamente em ensaios clínicos, para terem um impacto significativo para os doentes, bem como um valor substancial para aqueles que investem no seu desenvolvimento”, explicou a responsável pela área de Doenças Raras na BIAL, Smitha Jagadish.

Como uma organização sem fins lucrativos, a OTXL pretende trabalhar com reguladores, investidores e outros interessados em mudar o modelo de investigação em doenças raras e servir melhor pacientes e famílias, afirmou o fundador e diretor executivo da OTXL, Craig Martin.

Mais de 400 milhões de pessoas, metade das quais crianças, são afetadas globalmente pelas doenças raras que, na maioria, são doenças genéticas, progressivas e crónicas.

Existem atualmente mais de 11 mil doenças raras diagnosticadas, das quais 95% não têm tratamento.