Em causa estão projetos sediados, criados ou a implementar em Braga, Fundão (distrito de Castelo Branco), Santarém, Lisboa, Sesimbra (distrito de Setúbal) e Odemira (distrito de Beja), nomeados em duas categorias.
Os galardões Novo Bauhaus Europeu visam distinguir projetos ambientais, económicos e culturais que combinem sustentabilidade, acessibilidade de preços e investimento, para enquadrar a transição climática e a mudança cultural, como propõe o Pacto Ecológico Europeu, tendo este ano sido selecionados 61 finalistas.
Na categoria “Campeões”, dentro do tema “Reconectar com a Natureza”, está nomeado o projeto Reabilitar Troço-a-Troço, dinamizado pela Câmara Municipal de Santarém, que consiste na utilização de técnicas de engenharia natural, em vez de civil, para regenerar ribeiras e cursos de água, capacitando a população, tendo já sido reabilitados 23 troços.
Os restantes projetos portugueses estão nomeados na categoria “Campeões da Educação”, dois dos quais no tema “Reconquistar um Sentimento de Pertença”: o Native Scientists, com sede em Braga e em Londres, e o Casas e Lugares do Sentir, no Fundão.
O projeto educativo Native Scientists leva cientistas às comunidades migrantes nas escolas, incentivando os alunos das respetivas comunidades a experimentar e falar sobre ciência em oficinas na sua língua de herança, e, segundo a diretora Joana Moscoso, “dada a eficácia e o sucesso do programa”, pretende “crescer de uma forma estratégica e profissionalizada”.
O Casas e Lugares do Sentir, que conta já com 13 espaços espalhados pelo Fundão, foi construído “para a comunidade”, disse à Lusa o presidente da câmara, Paulo Fernandes, sobre os 13 ecomuseus oficinais que mereceram reconhecimento da UNESCO em 2017.
Já no tema “Reconectar com a Natureza”, o programa de educação ecológica subaquática Atlantis reúne “um conjunto de experiências no mar” com várias atividades e palestras, pretendendo continuar no concelho de Sesimbra e expandir-se para outras regiões, disse à Lusa a coordenadora Violeta Lapa.
No tema “Priorizar os lugares e as pessoas que mais precisam” está nomeado o projeto “Uma casa é uma montanha é um chapéu”, um livro para crianças cegas da Trienal de Lisboa, que parte da noção de casa para cativar para a arquitetura e para a relação com o espaço, segundo as autoras Filipa Tomaz e Letícia do Carmo.
Por fim, o projeto Global Field, que replica a produção agrícola mundial em dois quilómetros quadrados, pretende instalar-se em Odemira tal como acontece na localidade alemã de Rothenklempenow, no projeto nomeado no tema “Formar um ecossistema industrial circular e apoiar pensamento sobre o ciclo da vida”.
Na sua candidatura, o projeto incluiu a realização de uma residência no Jardim do Mira, também associado à Planet Earth, associação portuguesa que quer trazer o Global Field para Portugal, com a ideia de ser um “‘playground’ [recreio] educativo, de sensibilização, de diálogo e de debate onde se podem proporcionar uma série de conversas sobre água, sobre solo, sobre biodiversidade e sobre comunidade”, disse à Lusa o responsável português Diogo Coutinho.
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