"Queria confirmar que dirigimos um convite ao dr. Vítor Fernandes para ser o 'chairman' do Banco de Fomento e que ele o aceitou", afirmou Pedro Siza Vieira, durante a sua audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
Durante a audição do ministro das Finanças, João Leão, na terça-feira, o Bloco de Esquerda tinha questionado sobre a escolha de Vítor Fernandes, tendo o governante remetido a resposta para o ministro da Economia.
"O dr. Vítor Fernandes tem uma carreira inteira na banca" e, "aliás, a nomeação de titulares para os órgãos do Banco Português de Fomento está sujeita ao processo de verificação de idoneidade pelas autoridades de supervisão nacionais e europeias", disse, posteriormente, o ministro, quando questionado sobre tema.
Vítor Fernandes foi administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e foi ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao banco público, que decorreu em 2019 e analisou a gestão da CGD entre 2000 e 2015, período durante o qual o banco foi liderado por António Sousa (2000-2004), Carlos Santos Ferreira (2005-2008), Faria de Oliveira (2008-2010) e José de Matos (2011-2016).
"Julgo que o próprio dr. Vítor Fernandes teve oportunidade de dizer na comissão de inquérito que se verificou" que "enquanto esteve na administração da CGD era responsável pelas áreas de marketing e de operações e pelo acompanhamento da situação do grupo segurador Fidelidade e que não participou nas decisões de crédito que foram objeto de avaliação" no âmbito da comissão de inquérito, prosseguiu o ministro.
"Estamos muito confortáveis com o convite que dirigimos, mas obviamente a idoneidade dos futuros titulares dos órgãos de administração do banco", que tem uma administração provisória, "estará sujeita a avaliação pelas entidades de supervisão", rematou Pedro Siza Vieira.
O Banco de Fomento atuará no mercado de duas maneiras: "na mobilização direta de crédito através do sistema bancário, mas também sendo o interlocutor nacional do programa investEU", salientou.
Sobre a composição da administração do Banco de Fomento, o ministro sublinhou que "quer os administradores executivos, quer os não executivos, serão pessoas profissionais e independentes, com o currículo adequado para poderem ser reconhecidas pelo supervisor nacional e europeu".
E rematou: "Estamos convictos que as pessoas que fomos selecionando têm exatamente perfil".
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