“A Sonae Capital recebeu, da IP – Infraestruturas de Portugal, a adjudicação da subconcessão com vista à instalação e exploração de uma unidade hoteleira no edifício da estação ferroviária de Santa Apolónia, em Lisboa”, disse, em comunicado, a dona dos ginásios Solinca.
A Sonae Capital estima investir, aproximadamente, 12 milhões de euros na unidade hoteleira, tendo em conta que o modelo do concurso pressupõe que o investimento seja efetuado pelo subconcessionário.
De acordo com a empresa, esta oportunidade “enquadra-se na estratégia de aumento do número de unidades em exploração do negócio de hotelaria”, permitindo ainda “desenvolver efeitos de rede na operação”.
Por outro lado, esta concessão vai permitir que a Sonae Capital inicie a sua presença em Lisboa, “o maior destino turístico de Portugal, com uma operação localizada numa zona central e de elevado potencial”.
Segundo os dados avançados pela empresa, até outubro de 2018, a Área Metropolitana de Lisboa recebeu quase 5,4 milhões de hóspedes, ou seja, 29,1% do total nacional, sendo responsável por proveitos globais de 1.003 milhões de euros, ou seja, 31% das receitas totais do país.
O negócio de hotelaria da Sonae Capital conta, atualmente, com cinco unidades, três no Porto e duas em Tróia.
“A nova unidade permitirá explorar sinergias entre as várias unidades e destinos, respondendo de forma ainda mais eficaz aos seus clientes que pretendam explorar as duas principais cidades do país e beneficiar de um destino de praia e congressos único como é o caso de Tróia”, sublinhou.
O edifício da estação ferroviária de Santa Apolónia vai receber assim uma unidade de quatro estrelas com 120 quartos, sendo para tal realizada “a reabilitação e adaptação das partes sul e poente”, cuja área totaliza quase 9.000 metros quadrados.
Em comunicado, a IP, empresa pública gestora da rede ferroviária, adiantou que a concessão é válida por 35 anos.
A abertura da unidade hoteleira está prevista para o primeiro semestre de 2021.
A Sonae Capital tem como principais áreas de investimento a hotelaria, o 'fitness', a energia e a refrigeração.
Até setembro de 2018, a empresa registou um prejuízo de 6,31 milhões de euros, que compara com os 500 mil euros de perdas registadas no período homólogo.
Na sessão de hoje da bolsa, a Sonae Capital avançou 1,04% para 0,88 euros.
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