Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “a Sonae informa ter, na presente data, formalizado com o Banco BPI, um contrato de compra e venda tendo por objeto a aquisição, por transação realizada fora de mercado regulamentado, de 38.000.000 de ações representativas de 7,38% do capital social e direitos de votos da sociedade aberta NOS, SGPS, a preço de mercado”.
Resultante desta transação, à Sonae passarão a ser imputados os direitos de voto de 306.644.537 ações da NOS, representativas de uma participação de 59,52% do capital social e dos direitos de voto na NOS: de forma direta por efeito da participação de 7,38%, e de forma indireta, por via do controlo conjuntamente exercido pela sua subsidiária Sonaecom através da ZOPT, de 268.644.537 ações representativas de 52,15% do capital social e dos direitos de voto na NOS.
A Sonaecom detém 50% do capital social da ZOPT, que por sua vez é titular de uma participação de 52,15% da NOS.
Com a dissolução da ZOPT, a Sonae passará a deter 33,45% da operadora de telecomunicações.
“A Sonae informa adicionalmente que, à data da concretização da dissolução da ZOPT, como hoje anunciado ao mercado pela Sonaecom, à Sonae continuará a ser imputada uma participação de controlo na NOS representativa de 33,45% do capital social e dos direitos de voto nessa sociedade, por efeito da imputação direta da referida participação”, conclui o grupo.
A Sonaecom tornou hoje “público que os acionistas da ZOPT (ou seja: a própria Sonaecom, a Unitel International Holdings, BV e a Kento Holding Limited) acordaram promover as diligências necessárias à dissolução da ZOPT, de modo a que os respetivos ativos, incluindo a participação na NOS, sejam repartidos proporcionalmente pelos acionistas da dita ZOPT”.
Assim que for concretizada a referida partilha, “a NOS deixará de estar sob o controlo conjunto da Sonaecom e da engenheira Isabel dos Santos (enquanto acionista de controlo da Unitel International Holdings, BV e da Kento Holding Limited)”, lê-se no comunicado.
“A Sonaecom informa ainda ser sua intenção manter-se como acionista de referência da NOS, SGPS, SA e continuar a assegurar um quadro de estabilidade acionista favorável ao desenvolvimento do seu importante projeto empresarial no setor das telecomunicações”, acrescenta.
Em 15 de junho, a Sonaecom tinha informado que o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa tinha autorizado a ZOPT a exercer os direitos de voto correspondentes, depois de metade ter sido preventivamente arrestado, na sequência da publicação de notícias sobre esquemas alegadamente fraudulentos que envolvem a empresária angolana Isabel dos Santos.
Atualmente, a ZOPT é detida em 50% pela Sonaecom e a restante metade por Isabel dos Santos.
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