As estrelas do Star Garden Topless Dive Bar entraram com uma petição junto do governo federal, iniciando um processo para que venham a ser representadas pelo sindicato de artistas Actors' Equity.

"Gostamos do que fazemos", disse Velveeta, dançarina do Star Garden, citada pela AFP. "Gostaríamos ainda mais dos nossos empregos se tivéssemos direitos básicos de trabalho".

O sindicato Actors' Equity já representa mais de 51.000 artistas e produtores nos Estados Unidos, muitos dos quais em Los Angeles e arredores.

"As strippers são artistas ao vivo e, embora muitos aspectos do seu trabalho sejam únicos, têm muito em comum com os outros membros do Actors' Equity que vivem da dança", defendeu a presidente do sindicato, Kate Shindle.

"Estas dançarinas relataram problemas de pagamento constantes - incluindo o significativo roubo de salários - juntamente com riscos e violações de saúde e segurança".

"Elas querem seguro de saúde e outros benefícios, como indemnizações. Além disso, precisam de proteção contra o assédio sexual, a discriminação e demissões sem justa causa".

A petição foi apresentada ao Conselho Nacional das Relações de Trabalho, que deve agendar uma votação para as trinta strippers elegíveis.

Se a maioria votar pela sindicalização, o sindicato Actors' Equity começará a negociar um novo contrato com a Star Garden em nome das dançarinas.

Enquanto isso, estas vão avançar com uma manifestação em frente ao clube na área de North Hollywood.

A pretensão das dançarinas é apoiada pela Strippers United, um grupo sem fins lucrativos que defende os direitos destes profissionais.

A AFP tentou entrar em contacto com o Star Garden, mas sem sucesso.

Embora o sindicato Actors' Equity nunca tenha tido membros strippers, não é a primeira vez que dançarinas exóticas se organizam nos Estados Unidos.

As dançarinas que trabalham no Lusty Lady de San Francisco formaram o Sindicato de Bailarinas Exóticas em 1996, observou o Actors' Equity. Esse clube fechou em 2013.

O movimento desta quarta-feira ocorre numa altura em que é crescente nos EUA o interesse dos trabalhadores em sindicalizarem-se, com destaque para os funcionários de várias Starbucks.

Até os três primeiros trimestres do ano fiscal de 2022 – de 1º de outubro a 30 de junho – foram apresentadas 1.935 campanhas de sindicalização à Diretoria Nacional das Relações de Trabalho, ais 56% do que no ano anterior.

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