Esta ação, que vai decorrer pela terceira sexta-feira consecutiva na empresa instalada no concelho de Abrantes, distrito de Santarém, segundo um comunicado da União dos Sindicatos de Santarém (USS), tem como objetivo "mostrar o descontentamento dos trabalhadores contra a desregulamentação do horário de trabalho que está a ser imposto pela administração" da empresa, que, afirmam, "fecha a porta à sexta-feira aos colaboradores que não aderiram ao banco de horas".
Em declarações à Lusa, Rui Aldeano, dirigente da USS, afeto à CGTP, disse que o que está em causa é um "banco de horas invertido", com os trabalhadores que não aderiram ao Mecanismo de Ajustamento ao Planeamento da Produção (MAPP), que estimou em cerca de seis dezenas, num universo de 450 trabalhadores, a "verem ser-lhes vedada a entrada" na fábrica.
"Em janeiro, todas as sextas-feiras, é dia para dar para o MAPP e os trabalhadores ficam em casa, sendo chamados pela empresa quando esta bem entender, como se fosse um banco de horas. Mas estes trabalhadores não aderiram e estão no seu direito, pelo que continuam a apresentar-se à porta da empresa para trabalhar, tal como está no seu contrato", afirmou.
Segundo Rui Aldeano, "o caso está entregue à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), a autoridade competente nestes assuntos", tendo acrescentado que a concentração de sexta-feira visa "chamar a atenção para este problema".
A iniciativa é do SITE/CSRA - Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas, afeto à CGTP.
A fábrica no Tramagal contava no final de 2017 com 450 colaboradores.
Contactada pela Lusa, a administração da empresa optou por não prestar declarações.
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