“Estou profundamente preocupado com o recurso crescente às sanções, ou à ameaça de sanções, pelos EUA contra as empresas e os interesses europeus”, declarou, em comunicado publicado em seu nome durante uma cimeira europeia consagrada ao relançamento da economia europeia.

“Temos sido testemunhas desta tendência crescente nos casos do Irão, de Cuba, do Tribunal Penal Internacional e, mais recentemente, dos projetos (de gasoduto) Nordstream 2 e Turkstream”, sublinhou.

Na quarta-feira, o chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, abriu a via a sanções mais duras para impedir a entrada em serviço do projeto de gasoduto Nordstream 2 entre a Federação Russa e a Alemanha. Estas sanções foram criticadas por Berlim.

O projeto Turkstream deve encaminhar gás russo para a Turquia e a Europa. Foi inaugurado em janeiro pelos presidentes russo, Vladimir Putin, e turco, Recep Tayyip Erdogan.

“Por princípio, a União Europeia opõe-se à utilização de sanções pelos países terceiros contra empresas europeias que exercem atividades legítimas”, disse Borrell.

Por outro lado, considerou que “a aplicação extraterritorial de sanções é contrária ao direito internacional”.

Borrell disse ainda que “as políticas europeias devem ser determinadas na Europa e não por países terceiros”.