Esta organização, que agrupa diretores de cerca de 30.000 empresas britânicas, afirmou que 29% das empresas acredita que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) supõe um “risco significativo” para as suas operações no país.

Como consequência disto, as empresas decidiram transferir parte das suas operações para outros países ou estão a planear fazê-lo, segundo a sondagem do IoD realizada entre 1.200 dos seus membros.

A sondagem indica que 11% das empresas já se reinstalou, 5% planeia reinstalar-se devido ao “Brexit” e 13% está a considerar a hipótese “ativamente”.

O processo de saída do bloco comunitário continua sem se concretizar no Parlamento britânico a menos de dois meses da data prevista para se materializar o “divórcio”.

A primeira-ministra, Theresa May, adiantou esta semana que regressará a Bruxelas para tentar renegociar o acordo de saída e concretamente a polémica salvaguarda irlandesa, se bem que a UE continua a afirmar que não reabrirá o documento.

O diretor-geral interino de IoD, Edwin Morgan, sublinhou hoje que “a mudança é uma parte necessária e muitas vezes positiva para fazer negócios, mas a revolta e as crescentes barreiras comerciais que uma saída sem acordo poderia provocar são totalmente improdutivas”.

Grandes empresas, como a Sony ou a Panasonic, já reinstalaram os seus escritórios centrais noutros países europeus, mas o IoD revelou hoje que companhias de menor dimensão pensam seguir os mesmos passos e na última semana aceleraram os planos neste sentido.