
"Estima-se que mais de meio milhão de pessoas entre na força de trabalho em Moçambique todos os anos. Por isso, criar mais e melhores empregos é um desafio urgente para o país", disse Fiseha Haile, economista sénior do Banco Mundial no país.
A organização lançou em Maputo uma atualização do boletim de perspetivas económicas, onde é assinalado que há grande potencial para criação de postos de trabalho na área dos serviços.
Segundo o Banco Mundial, "o forte desempenho de crescimento de Moçambique nas últimas décadas ajudou a reduzir a pobreza no país", mas "o crescimento não foi suficientemente inclusivo".
Em causa estão a "forte dependência" da indústria extrativa (com "vínculos limitados" à economia em geral) e a "baixa produtividade do sector agrícola, principal fonte de subsistência dos mais pobres", destacou a organização.
Pelo lado positivo, destaca o pacote de medidas de aceleração económica anunciado pelo Governo moçambicano em agosto de 2022.
No mesmo contexto, o BM considerou serem necessárias "reformas que visem fortalecer o papel do sector privado e promover o acesso ao financiamento através da redução do custo do crédito bancário, bem como oferecer garantias de crédito às pequenas empresas".
No documento lançado em Maputo, a organização prevê que a economia moçambicana cresça 6% este ano -- em janeiro publicou uma previsão que apontava para 5%.
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