Biden anunciou que nas próximas semanas tomará medidas em resposta à repressão global à liberdade de imprensa, declarando-a "uma séria ameaça à segurança nacional e autorizando medidas incluindo sanções e proibições de vistos contra aqueles que cometem abusos para silenciar a imprensa".

"Neste dia, homenageamos a coragem e o sacrifício de jornalistas e trabalhadores da comunicação social de todo o mundo que arriscam tudo em busca da verdade", disse o presidente norte-americano.

"Isso tem uma ressonância especial hoje. O ano de 2023 foi um dos anos mais mortíferos para os jornalistas nos últimos anos. Uma das razões é a guerra em Gaza, onde morreram demasiados jornalistas, a grande maioria palestinianos", argumentou Biden.

O líder norte-americano lembrou que mais de 300 jornalistas em todo o mundo foram detidos no ano passado, o maior número em décadas.

"Na Rússia, os jornalistas Evan Gershkovich e Alsou Kurmasheva foram presos por causa do seu trabalho para o Wall Street Journal e para a Radio Free Europe/Radio Liberty", disse o Presidente dos EUA, acrescentando que o jornalista Austin Tice ainda está detido como refém na Síria, ao fim de 12 anos.

Na quinta-feira, em Nova Iorque, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, tinha defendido que "jornalistas de todo o mundo são intimidados e assediados".

"Muitas vezes (jornalistas) são violentamente atacados e detidos arbitrariamente simplesmente por dizerem a verdade", acrescentou a embaixadora.

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