Num evento de caridade, nos arredores da capital norte-americana, Washington, Biden disse que Putin "pensou que poderia quebrar a NATO e a União Europeia" ao ordenar a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, mas que não conseguiu fazê-lo.

O Presidente norte-americano descreveu o líder russo como "muito calculista", considerando que este não "encontra uma saída" para a invasão.

A Casa Branca está a estudar o que fazer para romper o impasse, acrescentou Biden.

As tropas russas tentaram inicialmente tomar a capital ucraniana, Kiev, mas retiraram-se em abril, concentrando os seus esforços na região de Donbass, no leste do país.

Putin reiterou na segunda-feira, por ocasião das celebrações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que o objetivo da campanha militar era derrotar o nazismo na Ucrânia e garantir a segurança da Rússia face à ameaça da NATO.

Mais tarde, o Pentágono respondeu ao Presidente da Rússia que, na Ucrânia, "só existem ucranianos, não nazis".

"Ouvimos o mesmo alarido, as mesmas falsidades, as mesmas mentiras, no que diz respeito à sua retórica que escutamos desde o início", disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, numa conferência de imprensa.

Apesar do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ser judeu, a Rússia tem justificado a invasão com uma infiltração de setores alegadamente neonazis nas instituições ucranianas.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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