
"Procedemos à abertura das comemorações dos 50 anos da independência num dia simbólico para a democracia e liberdade, conquistada no dia 25 de abril de 1974, em Portugal: uma referência que é partilhada, porque [foi] também impulsionada pelas lutas de liberdade nacional nos vários países africanos de língua portuguesa", referiu, no Mindelo, ilha de São Vicente, na sessão oficial de abertura das celebrações.
Ulisses Correia e Silva disse que o "percurso de nação resiliente" do arquipélago é motivo para os cabo-verdianos, nas ilhas e na grande diáspora, "terem orgulho e confiança" no país e em si próprios - numa alusão ao lema das comemorações dos 50 anos de independência, "Cabo Verde, nosso orgulho, nosso futuro".
Na mesma cerimónia, João Queirós, embaixador de Portugal em Cabo Verde, aludiu também à revolução que libertou Portugal da ditadura, faz hoje 51 anos.
"Que Cabo Verde tenha escolhido esta data -- o 25 de Abril -- para iniciar as comemorações dos 50 anos da sua independência, é um gesto mais eloquente do que mil discursos, um gesto que honra e comove os meus compatriotas", disse o diplomata.
O embaixador português agradeceu o gesto ao primeiro-ministro, enaltecendo as "exemplares conquistas" do arquipélago "ao longo destes 50 anos".
"Cá e lá, nem tudo se conquistou num só dia. Mas, hoje, meio século depois, Portugal e Cabo Verde, duas nações soberanas e iguais, partilham os valores da liberdade, da dignidade de todos os homens e mulheres, do estado de direito, da democracia, da igualdade de direitos", acrescentou.
Diversos eventos culturais no Mindelo marcam, esta semana, o ponto de partida para celebrações organizadas pelo Governo de Cabo Verde, até dezembro, em que o ponto alto está previsto para o dia 05 de julho, Dia da Independência, com uma sessão especial do parlamento, na capital, Praia.
"As comemorações têm como objetivo valorizar os progressos alcançados nas últimas cinco décadas, refletir sobre os desafios e reforçar o envolvimento da sociedade civil e da diáspora no processo contínuo de construção nacional", anunciou o executivo.
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Lusa/Fim
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