
"A circulação de comboios de passageiros Beira-Moatize" será retomada, "obedecendo aos mesmos horários", referiu a Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
O corte da linha ocorreu em março, no distrito de Doa, na província de Tete, interrompendo a circulação entre o porto da Beira, província de Sofala, no centro de Moçambique, e a vila de Moatize, em Tete, zona de produção de carvão para exportação.
No distrito de Mutarara, também em Tete, as correntes provocadas pelo ciclone Freddy levaram parte da ponte ferroviária, deixando o troço da Linha de Sena suspenso entre um pilar e a margem.
Um mês depois, voltam a circular "os comboios de passageiros e depois vão entrar os comboios de carga", assegurou Domingos Viola, governador da província de Tete, citado hoje pela Rádio Moçambique.
Sem avançar números, o responsável referiu que a interrupção da circulação causou "prejuízos muito avultados" para as empresas que operam naquela linha e para a população.
O ciclone Freddy fustigou Moçambique em fevereiro e março, causando a morte de pelo menos 169 pessoas, afetando mais de 200 mil famílias e destruindo várias infraestruturas.
De acordo com as autoridades, foi um dos ciclones de maior duração e trajetória mais longa nas últimas décadas, percorrendo mais de 10.000 quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália a 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
A atual época chuvosa (outubro a abril) já matou 302 pessoas e afetou mais de um milhão em Moçambique.
O país é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
LYN (LFO) // JH
Lusa/Fim
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