
"O nosso Estado cumpriu o seu dever, assegurando que o apelo [de Ocalan] fosse levado a cabo. Agora é altura de essa organização responder a esse apelo sem hesitação", afirmou Erdogan no seu discurso de celebração do Eid al-Fitr, o período festivo que assinala o fim do Ramadão.
Graças, em parte, à mediação invulgar dos aliados ultranacionalistas de Erdogan e ao envolvimento de um importante partido pró-curdo, o líder histórico do PKK apelou, no mês passado, à deposição das armas e à dissolução da organização, para pôr termo a um conflito de quatro décadas de revolta contra as autoridades turcas, o que já causou a morte a cerca de 40.000 pessoas.
O grupo aceita, em princípio, o apelo, mas quer organizar primeiro um congresso, que considera impossível de realizar se a Turquia não cessar os ataques às suas posições na Síria e no Iraque, e pede também a libertação de Ocalan.
Erdogan declarou-se farto da situação atual e avisou o PKK de que as principais medidas devem partir da organização armada.
"O nosso tempo não é ilimitado e a nossa paciência também não", declarou o Presidente turco, antes de pedir ao PKK para que cumpra a sua exigência, porque "o momento é mais oportuno do que nunca para que este processo seja concluído com êxito".
"Quando tivermos sucesso juntos, teremos salvado completamente o nosso país de uma calamidade sangrenta e difícil de 40 anos, se Deus quiser", concluiu.
EYC // EA
Lusa/Fim
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