Segundo o administrador do município de Libolo, Rui Miguel, os caçadores fizeram as queimadas para caçar, mas o fogo propagou-se de forma descontrolada, atingindo as moradias.

Rui Miguel, citado hoje pela agência noticiosa angolana, Angop, disse que o incidente ocorreu domingo, estando a ser procurados os caçadores para a sua responsabilização judicial.

A realização de queimadas é uma prática que se verifica com maior intensidade nesta altura até setembro, quer para a caça quer para agricultura.

De recordar que no ano passado, uma ação do género causou incêndio a fazendas do município da Quibala, que resultou também na morte de três pessoas.

Os incêndios florestais em Angola ocorrem para a prática da caça, da produção do carvão vegetal e para o cultivo, tendo o país em 2018 sido listado pela NASA com o maior número de queimadas, inclusive à frente da floresta brasileira na Amazónia.

Em resposta, naquela altura, o Ministério do Ambiente angolano informou que a realização de queimadas é natural nesse período do ano, em várias regiões do país, devido ao aproximar da época agrícola, uma prática secular, que está "longe de assumir proporções incontroláveis".

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