
"Não manchará, certamente, a nossa reputação, mas será notado pelos nossos aliados, isso tenho a certeza absoluta", disse Gouveia e Melo, em declarações aos jornalistas à saída do NRP Mondego, no Porto do Funchal, depois de se ter dirigido à guarnição do navio, onde estavam os 13 elementos que se recusaram a embarcar no sábado.
Questionado se considera que devia haver um maior investimento nas Forças Armadas, o chefe do Estado Maior da Armada disse que não foi "eleito democraticamente para decidir sobre isso".
"Quem foi eleito democraticamente para decidir sobre isso foi o Governo. O que eu tenho de achar é o que é que eu preciso ou não e informar o respetivo Governo", apontou.
"O Governo atribui-me o que acha que tem de atribuir, porque o país tem muitas necessidades, e com o que o Governo me atribui começa o meu dever de otimizar todos esses recursos para cumprir a missão da Marinha que é permitir que Portugal use o mar", acrescentou.
Gouveia e Melo reforçou também que a atitude dos 13 militares não serviu os interesses do país, da Marinha "nem destes homens, que também serão vítimas do seu próprio ato".
Interrogado se a carreira destes militares termina depois deste caso, o almirante respondeu: "Eu não vou fazer julgamentos precipitados, o que eu vim aqui dizer é que não são admissíveis atos de indisciplina."
TFS // NS
Lusa/Fim
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