
A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, na véspera dos depoimentos do general e de outros militares sobre a sua eventual participação nos atos de vandalismo nas sedes dos três poderes realizados por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro em 08 de janeiro, para tentar destituir o atual Governo liderado pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
O militar já estava afastado do posto desde 16 de fevereiro, mas a sua exoneração do cargo não havia sido oficializada.
Dutra era o chefe do Comando Militar do Planalto que faz a segurança do Palácio do Planalto, sede do executivo brasileiro, por ocasião das invasões 'bolsonaristas'.
Há a suspeita de que o general teria impedido que um acampamento instalado em frente ao Quartel-General da Força em Brasília por extremistas fosse desmontado.
Também lhe é atribuída a decisão de retardar a prisão -- o que poderá ter facilitado a fuga de apoiantes do ex-presidente que levaram o caos à capital brasileira que retornaram ao acampamento após a invasão da Praça dos Três Poderes.
Na ocasião, o general alegou que uma ação noturna para prender os 'bolsonaristas' que estavam no acampamento poderia terminar em violência. Dutra citou que havia mulheres, crianças e idosos entre os acampados que pediam aos militares que realizassem um golpe de Estado.
A ação de impedir prisões no acampamento no dia dos atos de vandalismo pode ter favorecido invasores e vândalos que estiveram nas sedes dos três poderes, já que alguns presos disseram à justiça que foram orientados por militares a fugirem e esvaziarem o local depois dos ataques.
Segundo o jornal O Globo, 89 militares do Exército prestam hoje depoimento na Academia Nacional da Polícia Federal. A polícia brasileira montou um esquema especial para realizar todos os depoimentos no mesmo dia.
CYR // LFS
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