
Sobre a dívida, uma das mais elevadas da zona euro, o governo italiano espera reduzi-la para 140% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o que foi acordado hoje no Documento de Economia e Finanças (DEF), o programa anual que vai orientar a estratégia económica do país.
O texto, aprovado no Conselho de Ministros e divulgado pelos 'media', admite um contexto "incerto" devido à guerra na Ucrânia e "altas tensões geopolíticas", além de crises "localizadas no sistema bancário e financeiro internacional".
Apesar da incerteza, o Governo liderado por Giorgia Meloni afasta um cenário de recessão e para 2024 prevê um crescimento de 1,4%.
Para este ano, o governo antecipa um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,9%, em vez dos 0,6% que previa anteriormente, mostrando-se mais otimista do que o FMI, que aponta para 0,7%.
Durante a reunião para discutir o DEF, Meloni disse que o próximo orçamento vai inclui medidas para aumentar a taxa de natalidade, que atualmente é muito baixa em Itália, segundo fontes citadas pela agência ANSA.
"A partir da próxima lei orçamental, o problema do declínio populacional e dos nascimentos deve ser tratado de forma concreta, com medidas apropriadas", disse Meloni durante a discussão do DEF, apurou a ANSA junto de fontes governamentais.
Em 2022, o número de nascimentos em Itália ficou pela primeira vez desde 1861, data da unificação italiana, abaixo do patamar de 400.000, ao situar-se em 393.000, segundo o Istat, instituto de estatísticas do país, que tem registado uma descida constante da natalidade desde 2008.
EO // RBF
Lusa/fim
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