O número também está acima da subida de preços registada em 2023 que ficou em 4,62%.
Em dezembro, a inflação no Brasil subiu 0,52%, acima dos 0,39% registados em novembro, devido ao aumento dos alimentos (1,18%) e dos produtos listados na categoria vestuário (1,14%).
Os preços dos alimentos influenciaram a inflação brasileira ao longo de 2024, acumulando um total de 7,69% nos doze meses e contribuindo com 1,63 ponto percentual para o resultado anual.
"O índice foi impulsionado pela alta dos produtos alimentícios, que sofreram com as condições climáticas adversas em diversas épocas do ano e em diferentes regiões do país", explicou o Fernando Gonçalves analista do IBGE na apresentação dos resultados.
Além disso, as subidas acumuladas nos preços nos grupos saúde e cuidados pessoais (6,09%) e transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 ponto percentual e 0,69 ponto percentual, respetivamente) sobre a inflação brasileira em 2024.
Gonçalves mencionou que assim como em 2023, a gasolina, listada no grupo de transportes, foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024, e exerceu o maior impacto individual sobre os índices de preços (0,48 pontos percentuais).
Juntos, itens classificados nos grupos alimentação, saúde e transportes representaram cerca de 65% da inflação registada no país sul-americano no ano passado.
O único mês em que a inflação caiu foi agosto, quando os preços no Brasil registaram uma queda de 0,02%.
Devido à tendência de subida da inflação, o Banco Central brasileiro elevou a taxa de juros para 12,25% ao ano, uma das mais altas do mundo, em uma decisão que rendeu muitas críticas de diversos setores, incluindo o Governo.
CYR // ANP
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