No ano o índice acumula uma subida de 4,70% e, nos últimos 12 meses, de 6,47%, abaixo dos 7,17% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2021, a taxa de inflação no Brasil havia sido de 1,25%.

O resultado de outubro foi influenciado pelo novo aumento de 0,72% em alimentos e bebidas.

Também levou em conta o impacto da subida nos setores de transportes (+0,58%), com destaque para passagens aéreas, e saúde (+1,16%), com destaque para produtos de higiene pessoal e seguro médico.

Alimentação e transporte são os dois grupos com maior peso no índice e ambos apresentaram variação positiva em outubro, após apresentarem quedas em setembro.

No caso dos transportes, "além do aumento de 27,38% nas passagens, também foi importante a queda de 1,27% nos preços dos combustíveis, menos intensa do que no mês anterior, quando caíram 8,50%", segundo Pedro Kislanov, gerente de sondagem da IBGE.

Dessa forma, a inflação no Brasil quebra uma sequência de três meses consecutivos de queda, com quedas de 0,68%, 0,36% e 0,29% em julho, agosto e setembro, respetivamente.

Se essa tendência se mantiver, ultrapassará a meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil para este ano, que é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O mercado financeiro brasileiro projeta que os preços acabem subindo 5,63% este ano, quebrando também o teto da meta, que é de 5%.

O crescimento da inflação levou o Banco Central brasileiro a elevar os juros oficiais para 13,75% ao ano, taxa que decidiu manter nas suas anteriores reuniões diante da desaceleração dos preços registada no terceiro trimestre.

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