
"Conseguimos exportar quase 700 mil toneladas de cereais", disse Mikola Solski aos ministros da Agricultura dos países da União Europeia (UE), que estão reunidos no Luxemburgo desde segunda-feira, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura ucraniano.
O ministro explicou que um total de 38 navios saiu dos portos ucranianos através deste corredor, "que funciona graças ao apoio" das forças armadas ucranianas e "à confiança" dos países aliados da Ucrânia.
Solski esclareceu que nem todos os navios que utilizam o corredor se dedicam à exportação de cereais e lembrou que a principal rota de exportação dos cereais ucranianos continua a ser o rio Danúbio.
Só em setembro, adiantou, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas de cereais por via fluvial, valor semelhante ao que foi exportado em agosto também por este rio.
O ministro lembrou que, mesmo com este volume de exportações, ainda não é possível escoar toda a produção agrícola ucraniana, e fixou em 6 milhões de toneladas por mês o objetivo de exportações agrícolas que a Ucrânia tem de atingir para que o setor recupere.
Em julho passado, a Rússia retirou-se do chamado acordo de cereais, assinado com a ONU e a Turquia e que, durante um ano, permitiu exportações ucranianas através de três portos do Mar Negro.
Depois de se retirar do acordo, Moscovo declarou um bloqueio militar ao Mar Negro e iniciou uma campanha de bombardeamento das infraestruturas agrícolas e portuárias ucranianas, que ainda continua a atacar.
A Ucrânia respondeu a estas ações da Rússia com um aumento dos ataques de drones e mísseis contra navios russos no Mar Negro, que forçaram a Rússia a retirar a sua frota militar para leste, permitindo a Kiev abrir unilateralmente este novo corredor, que atravessa em grande parte as águas da Roménia, da Bulgária e da Turquia, todos membros da NATO.
PMC // JH
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