Em declarações à agência Lusa, Alexandra Rodrigues informou que a CCDR do Centro, que ficou com a incumbência de fazer o levantamento dos prejuízos no terreno, reuniu na terça-feira com os autarcas dos municípios afetados pelos incêndios da semana passada.

"Nesse sentido, as autarquias participaram nesta reunião com muito empenho, porque sabem que têm de o fazer de forma muito célere, cabendo depois ao Governo a definição das estratégias e do tipo de apoio para as situações identificadas", referiu.

De acordo com a vice-presidente da CCDR do Centro, o levantamento que está a ser realizado incide na área da habitação, agricultura e património.

"Ainda não temos números finais, esse trabalho vai ser feito nos próximos dias, em grande proximidade com as autarquias, no terreno. Os nossos técnicos estão disponíveis para acompanhar as ações e prestar todos os esclarecimentos", sustentou.

À Lusa, disse ainda que a CCDR do Centro tem uma equipa que está dedicada a esta matéria em exclusivo e, embora os dados ainda não sejam definitivos, têm já uma noção de quantas casas de primeira habitação poderão vir a precisar de intervenção, bem como o número aproximado de empresas.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

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