Num comunicado divulgado pela presidência francesa na terça-feira, após um conselho de defesa, Macron "solicitou ainda que se observe a maior vigilância e que sejam tomadas as medidas adequadas para prevenir as possíveis repercussões destes últimos desenvolvimentos no Médio Oriente no território nacional e garantir a segurança de todos".
O chefe de Estado "solicitou ainda que fossem tomadas todas as medidas necessárias" para apoiar os cidadãos franceses "e, se necessário, ir em seu auxílio", afirmou o Eliseu, sem referir uma possível retirada da região.
Macron pediu ao chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, que esteve na capital do Líbano, Beirute, há alguns dias, para "visitar novamente o Médio Oriente".
Barrot "consultará todos aqueles que têm um papel a desempenhar no início da desescalada e na procura de soluções duradouras para a crise actual em todos os seus aspectos, particularmente no que diz respeito à situação no Líbano e em Gaza", referiu o comunicado.
O Presidente francês exigiu que o movimento xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, "cesse as suas ações terroristas contra Israel e a sua população", lembrando que a França está "comprometida com a segurança de Israel".
Macron exortou ainda as autoridades israelitas a "pôrem fim o mais rapidamente possível" às suas "operações militares", apelando de forma mais ampla a "todos os intervenientes envolvidos na crise no Médio Oriente" para "mostrar a maior contenção".
A França "organizará muito em breve uma conferência de apoio ao povo libanês e às suas instituições", anunciou a presidência.
O Governo do Irão confirmou hoje o lançamento de 200 mísseis contra Israel num ataque lançado na noite de terça-feira, em retaliação pelos assassínios do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com Telavive a resposta a Teerão.
Este foi o segundo ataque do Irão contra Israel desde abril.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.
Na sequência do ataque iraniano, Israel solicitou na terça-feira à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, algo que o Irão também tinha solicitado no sábado, após uma vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano.
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