
Concorrem à liderança do PRA-JA Servir Angola, legalizado em outubro de 2024, dois candidatos, nomeadamente, Abel Chivukuvuku, fundador e coordenador-geral do partido, e Francisco Canga, atual secretário para a Acção Social do partido, disse hoje à Lusa o coordenador da comissão organizadora do congresso.
Carlos Lucas disse que foram convidados partidos de Portugal, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos da América, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Namíbia e África do Sul para a cerimónia de abertura do congresso.
De Portugal foram convidados cinco partidos, entre os quais o Chega, mas devido ao período eleitoral, o responsável disse contarem já com a possibilidade de não estarem presentes.
O coordenador do ato eleitoral do PRA-JA Servir Angola destacou entre os convidados moçambicanos Venâncio Mondlane, do Podemos, mas que ainda não confirmou a sua presença.
A nível nacional, o congresso vai contar com 750 delegados, a que se juntam dois do círculo eleitoral de África e cinco do círculo eleitoral Europa e América, prevendo um total de 850 pessoas a participarem no dia de arranque do evento, entre delegados e convidados.
De acordo com Carlos Lucas, a preparação do congresso está a ser um desafio devido ao prazo três meses imposto pelo Tribunal Constitucional.
"O tempo está apertado para a preparação deste congresso, porque pretendíamos realizá-lo em outubro ou novembro", avançou o responsável, frisando que há desafios de ordem financeira e de prazos.
Os dois candidatos estão atualmente em digressão pelo país, no âmbito das suas campanhas eleitorais.
"A expectativa é transformar os órgãos temporários, decorrentes da comissão instaladora, em órgãos definitivos. Neste congresso, estamos à busca da legitimidade dos militantes, no sentido de se criarem órgãos definitivos", salientou.
O congresso vai eleger o presidente, o vice-presidente do partido e o Comité Político Nacional, que vão dirigir, num período de cinco anos, esta organização partidária.
Além da eleição do futuro líder do partido e do seu vice-presidente, Carlos Lucas considerou o ponto mais alto do congresso, o momento de se traçar a estratégia, "aprovar toda a ossatura necessária para o partido", tendo no horizonte a governação 2027-2032.
O Partido do Renascimento Angola - Juntos por Angola - Servir Angola (PRA-JA Servir Angola) foi legalizado em outubro de 2024, depois de um longo processo iniciado em 2019, marcado por vários chumbos pelo Tribunal Constitucional.
O projeto de criação do partido foi apresentado à sociedade em 2019, por Abel Chivukuvuku, membro da UNITA, maior partido da oposição angolana, entre 1974 e 2012, altura em que assumiu a liderança da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que concorreu às eleições daquele mesmo ano, até 2019.
NME // MLL
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