Freeland publicou a sua carta de demissão nas redes sociais, na qual admite que mantém divergências com Trudeau "sobre a melhor forma de fazer avançar" a situação económica do país.
"Após refletir, concluí que o único caminho honesto e viável é demitir-me do Governo", disse Freeland.
A ex-ministra das Finanças explicou que, na sexta-feira, Trudeau lhe ofereceu outro cargo no seu Governo e acrescentou que vai manter o seu lugar na câmara baixa do Parlamento e recandidatar-se nas próximas eleições.
Fontes governamentais citadas pelos meios de comunicação canadianos indicaram que a demissão de Freeland surpreendeu Trudeau, que se preparava para reorganizar o seu Governo nos próximos dias.
Durante meses, os meios de comunicação social do Canadá noticiaram que Trudeau deseja adicionar Mark Carney, ex-governador-geral do Banco do Canadá e do Banco de Inglaterra, à sua equipa, para assumir o comando da pasta das Finanças.
Os planos de Trudeau para tornar Carney ministro e a remodelação do Governo surgem numa altura em que o Partido Liberal, no poder, está 20 pontos atrás do Partido Conservador nas intenções de voto.
Os conservadores apresentaram três moções de censura falhadas contra Trudeau nas últimas semanas para tentar forçar eleições antes de 20 de outubro de 2025, quando estão marcadas as próximas eleições.
A saída de Freeland ocorre também no mesmo dia em que Trudeau deverá divulgar o relatório económico de outono, preparado por Freeland, no qual o governo anunciará "reformas históricas" nas suas políticas.
RJP // PDF
Lusa/Fim
Comentários