Singh e o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, vão reunir-se com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, para "aprofundar a associação estratégica Índia-Estados Unidos", afirmou o governante na rede social Twitter.

A Índia está sob pressão de vários governos para que tome posição contra a invasão russa da Ucrânia e reconsidere os acordos comerciais através dos quais compra entre 60 e 70 por cento do seu armamento à Rússia.

O país anunciou também recentemente a intenção de comprar mais petróleo russo aproveitando um desconto oferecido pelo governo de Vladimir Putin.

A dependência indiana de armamento fabricado na Rússia tem sido apontada como a principal razão para a abstenção no voto de condenação da invasão da Ucrânia na Assembleia Geral das Nações Unidas, justificada pela Índia pela sua neutralidade.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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