"Tudo o que estiver ao meu alcance terei de fazer para que de facto haja paz, segurança e estabilidade no nosso país", afirmou o general guineense, no final da cerimónia de tomada de posse, que decorreu no Palácio da Presidência, em Bissau.
Segundo Sandji Fati, que deixou o cargo de ministro da Defesa para assumir a pasta da Agricultura e agora o Interior, é mais uma "responsabilidade" e uma "missão para cumprir".
O novo ministro do Interior assume a pasta depois de o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil guineense ter exigido a demissão do anterior ministro e do procurador-geral da República por alegado envolvimento num caso de tráfico de drogas.
Em causa está um alegado desvio de cocaína por funcionários do Ministério do Interior.
A cocaína foi apreendida em setembro pelo departamento da informação policial e investigação criminal da Polícia de Ordem Pública.
Segundo a sociedade civil, foram divulgados "áudios e relatórios de investigações comprometedoras nas redes sociais, sobre as redes criminosas de tráfico de drogas na Guiné-Bissau, com o suposto envolvimento das mais altas hierarquias do Ministério do Interior e da Procuradoria-Geral da República".
Questionado sobre o roubo de gado, que tem assolado várias regiões do país e o alegado envolvimento de funcionários do agora seu ministério no tráfico de droga, o ministro afirmou que "não vai ser tarefa fácil", mas que vai "cumprir" a sua missão.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, exonerou na quinta-feira Botche Candé do cargo de ministro do Interior e nomeou-o ministro da Agricultura.
Sandji Fati foi nomeado ministro do Interior.
Umaro Sissoco Embaló extinguiu também a secretaria de Estado da Ordem Pública e exonerou Fernando Augusto Cabi, que liderava este organismo.
Também o novo ministro da Agricultura, Botche Candé, tomou posse no cargo, mas escusou-se a fazer declarações aos jornalistas.
MSE // VM
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