Face a dezembro de 2011, há mais 6.070 postos de trabalho na administração pública, correspondente a um crescimento de 0,8%, revela a síntese estatística do emprego público da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Em termos homólogos, o crescimento de 1,3% no emprego público no terceiro trimestre de 2022 resultou, sobretudo, do aumento na administração central (0,9%) e na administração local (2,9%).

Na administração central, o aumento de emprego verificou-se, essencialmente, nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (mais 2.360 postos de trabalho), nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (mais 1.951) e nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (mais 1.585).

Entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo do emprego, a DGAEP destaca as carreiras de docente do ensino superior politécnico e do ensino universitário (mais 2.085 no seu conjunto), das forças de segurança (mais 960), de técnico superior (811), de enfermeiro (791), de médico (706) e de assistente operacional (mais 696 postos de trabalho).

Já em comparação com o final do trimestre anterior, o emprego público caiu em 7.356 postos de trabalho (menos 1%) devido sobretudo à redução do emprego nas áreas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que perderam, no seu conjunto, 7.783 trabalhadores.

Esta redução trimestral reflete "a atividade de mudança de ano letivo com os processos de colocação dos docentes nos estabelecimentos de ensino superior e de ensino básico e secundário, bem como dos técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC) no ensino básico e secundário, ainda a decorrer no final do terceiro trimestre", explica a DGAEP.

"Na área governativa da Defesa Nacional, a redução de 755 postos de trabalho está relacionada com a diminuição do emprego nas Forças Armadas, sobretudo praças e sargentos", acrescenta o organismo.

Quanto às remunerações, o documento revela que, em julho, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo era de 1.559,4 euros, um aumento médio de 0,1% face ao mês de referência do trimestre precedente (abril 2022), e uma subida homóloga de 1,6% "por efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) e do valor da base remuneratória para 705,00 euros".

O ganho médio mensal (que inclui suplementos remuneratórios) era, em julho, de 1.825 euros, correspondendo a uma subida de 0,5%, face ao trimestre anterior e de 1,2% em termos homólogos.

"A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como subsídios e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias", indica a DGAEP.

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