Kämna, de 25 anos, cumpriu os 172 quilómetros entre Avola e o Etna em 4:32.11 horas, batendo López sobre a meta, com o estónio Rein Taaramae (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) em terceiro, a 34 segundos.

López lidera agora a geral, após um dia em que os favoritos chegaram juntos, com Kämna em segundo, a 39 segundos, e Taaramae a 58 segundos. João Almeida (UAE Emirates), hoje 10.º na etapa, subiu a oitavo, a dois minutos do camisola rosa.

Um 'herói de culto' dos adeptos da modalidade, o ciclista alemão já tinha mostrado credenciais no que toca às fugas na Volta a França de 2020, ao ganhar uma etapa, e já este ano na Volta aos Alpes, em ambos os casos escapado.

Hoje, integrou a fuga do dia, como López, e depois perseguiu o espanhol quando este se isolou, já na longa ascensão, acabando por alcançá-lo e superá-lo em cima da meta.

"Foi um dia super difícil, especialmente pela subida final. Quase achei que não ia conseguir chegar ao López, mas consegui. Tentei recuperar um pouco para o 'sprint' e correu bem", explicou o novo líder da classificação da montanha.

Em segundo, o espanhol de 24 anos conseguiu o maior feito da carreira ao ir à 'maglia rosa', liderando o Giro, o que talvez tenha sido decidido num "acordo silencioso" com o alemão, que não quis comentar a conversa que tiveram quando se juntaram.

"Tenho de desfrutar todos os momentos com esta camisola. Tentei seguir sozinho na parte mais difícil [da última subida], porque posso fazer a diferença. O Kämna apanhou-me nos últimos quilómetros e lutámos pelo 'sprint'", descreveu o novo líder da geral.

Atrás, os favoritos 'marcaram-se' e não houve ataques, num dia em que a única seleção fez-se por motivos negativos: o colombiano Miguel Ángel López (Astana) abandonou, com uma lesão, e o neerlandês Tom Dumoulin (Jumbo-Visma) perdeu muito tempo.

O britânico Simon Yates (BikeExchange-Jayco) continua a ser o mais bem posicionado, no quarto posto, com os principais rivais próximos, nomeadamente João Almeida, em oitavo na geral e no terceiro posto da classificação da juventude.

O dia era importante para o ciclista de 23 anos das Caldas da Rainha, já que o Etna foi onde, em 2020, assumiu a liderança do Giro, que manteve por 15 dias, num local de boa memória para portugueses, já que Acácio da Silva venceu aqui uma etapa e foi à 'maglia rosa'.

Outro português da UAE Emirates em bom plano foi Rui Costa, que ao ser 57.º subiu ao 60.º posto da geral, enquanto Rui Oliveira, outro gregário da equipa de Almeida, foi 162.º na tirada e é 157.º na classificação geral.

Na quarta-feira, a quinta etapa do Giro liga Catânia a Messina em 174 quilómetros, com uma contagem de montanha de segunda categoria, aos 75 quilómetros.

SIF // NFO

Lusa/fim