"A APU-PDGB condena veemente este ato ignóbil, de tentativa de subversão da ordem constitucional com recurso à violência, ato esse atentatório da integridade das instituições republicanas e que põe em perigo as conquistas democráticas, a paz social, unidade e concórdia nacional", refere, em comunicado, o partido.

O partido salienta que a paz, a unidade nacional e o respeito pelo Estado de Direito democrático e a "não-violência" sempre foram a "bússola orientadora" da APU-PDGB.

Perante o "atentado cobarde e bárbaro", a APU-PDGB manifesta a sua solidariedade com todas as instituições democráticas da Guiné-Bissau e "apela para que os responsáveis" sejam responsabilizados e punidos pela Justiça.

O partido do primeiro-ministro guineense endereça também a sua solidariedade com as famílias das vítimas mortais e feridos registados durante o ataque.

Vários tiros foram ouvidos terça-feira perto da hora de almoço junto ao Palácio do Governo da Guiné-Bissau onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

A tentativa de golpe de Estado já foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por São Tomé e Príncipe.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio da Presidência, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló afirmou ter-se tratado de um "ato bem preparado e organizado e que poderá também estar relacionado com gente relacionada com o tráfico de droga".

O ataque provou pelo menos seis mortos e quatro feridos, segundo fontes militares e médicas.

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