“O secretário-geral da ONU está profundamente entristecido pela perda de vidas e pelos danos causados pelas fortes chuvas e inundações no sul do Brasil”, diz um comunicado divulgado pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em que estendeu as suas condolências e solidariedade ao Governo e ao povo do Brasil, assim como às famílias das vítimas.
“A equipa das Nações Unidas no terreno está pronta para ajudar o povo do Brasil neste momento difícil”, acrescentou.
O secretário-geral das Nações Unidas, que tem na questão ambiental uma das prioridades do seu mandato, aproveitou para observar que catástrofes como esta “são um lembrete dos efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência”.
Guterres reiterou o seu apelo a uma ação internacional rápida para conter os “efeitos caóticos das alterações climáticas”.
O número de pessoas mortas devido às inundações que atingem o sul do Brasil subiu de 96 para 101, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.
A quase totalidade das mortes aconteceu no estado do Rio Grande do Sul, que tem até o momento 100 óbitos confirmados, de acordo com a Defesa Civil local. Já o estado de Santa Catarina registou uma morte.
Especialistas alertaram para o risco de novos problemas já que as condições meteorológicas na região podem ser agravadas por uma frente fria que chega à região sul do estado e que provocará chuva e uma descida da temperatura esta semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Com 11 milhões de habitantes, o Rio Grande do Sul tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de sofrer problemas com uma forte seca devido ao fenómeno La Niña, no ano passado a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou, em menos de 12 meses, quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades.
Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, causando 75 mortos neste estado brasileiro.
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