
"Este ano já registámos, pelo menos, quatro mortes humanas por ataques de elefantes", avançou Júlia Mwitu, acrescentando que em causa está o aumento da fauna e o crescimento populacional que resulta em conflitos "graves" e disputa de recursos.
"Por um lado a população humana cresce, mas também temos a população faunística a crescer e a disputar pelos mesmos recursos. Daí que temos registado muitas vezes graves situações de conflito homem/fauna bravia", frisou, durante o ato que assinalou o Dia Internacional da Diversidade Biológica (22 de maio).
A administradora do parque disse ainda que os incidentes, para além de mortes, levam à perda de terrenos de cultivo.
O Parque Nacional de Mágoè foi criado em 2013 e possui uma extensão de cerca de 355 mil hectares composta por uma floresta semi-fechada, com predominância de espécies de vegetação seca e diversas espécies de fauna bravia, incluindo búfalos, elefantes e crocodilos.
A Lusa noticiou em abril que cerca de 200 pessoas morreram desde 2019 em Moçambique, vítimas de ataques de animais como elefantes e crocodilos, segundo dados divulgados pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
De acordo com o diretor-geral da ANAC, Pejul Calenga, os ataques da fauna bravia em Moçambique destruíram ainda, de 2019 a 2023, um total de 955 hectares de culturas agrícolas, como milho e mandioca.
PVJ // JMC
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