Camionistas tentaram conduzir os veículos até à zona do parlamento canadiano, como parte do comício "Rolling Thunder", organizado pelo Freedom Fighters Canada, um grupo que se opõe à política de saúde do governo do país.

A polícia de Otava tinha garantido na sexta-feira que não permitiria aos manifestantes ocupar a capital, tal como tinha acontecido durante 24 dias, em fevereiro.

Mais de 800 reforços policiais foram chamados a Otava para proteger os principais cruzamentos do centro da cidade, nomeadamente para impedir que os manifestantes trouxessem veículos.

No início da noite de sexta-feira, centenas de manifestantes reuniram-se do lado de fora do recinto do parlamento do Canadá, incluindo motoristas com os seus camiões.

A polícia, que usava capacetes e escudos, disse que emitiu 185 multas e rebocou 20 veículos.

O programa do comício de hoje prevê uma marcha pelo centro da cidade, com uma paragem no Memorial de Guerra e terminando num comício na zona do parlamento.

Os veículos envolvidos no comício não poderão entrar numa zona que inclui o monumento e o parlamento, segundo a polícia. Também não será permitido parar ao longo do percurso.

O grupo organizador do comício, Freedom Fighters Canada, garantiu que os manifestantes irão abandonar a capital no domingo e que não apoia "bloqueios, obstrução do cumprimento da missão da polícia, danos à propriedade ou mensagens de ódio e abuso verbal direcionadas aos moradores de Otava".

Em fevereiro, o Canadá viveu três semanas de manifestações e bloqueios que paralisaram a capital e encerraram as fronteiras entre o Canadá e os Estados Unidos, causando danos económicos a ambos os países.

Os protestos levaram o Governo do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, a invocar poderes de emergência, pela primeira vez em tempo de paz. A polícia acabou por dispersar os manifestantes, fazendo dezenas de detenções.

A covid-19 causou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde que a doença foi detetada, no final de 2019, em Wuhan, no centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

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