Sissoco Embaló fez esta consideração no seu discurso à nação, gravado dias antes de viajar para Nova Iorque, onde está a assistir à Assembleia Geral das Nações Unidas.
"A plena reafirmação do Estado guineense no concerto das Nações é, sem dúvida, o facto histórico mais notável das últimas décadas. É este o contexto que continuará a marcar as celebrações do dia de aniversário da nossa independência, cujo ato central vai ter lugar no próximo dia 16 de novembro", afirmou o chefe de Esatdo.
As celebrações oficiais do dia da independência foram transferidas para 16 de novembro, data em que se assinala o 60.º aniversário da criação das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP).
No seu discurso, o Presidente guineense assinalou que a independência do país "não é apenas uma conquista do passado, é um património inesgotável" dos cidadãos que lutaram e venceram a dominação estrangeira.
Umaro Sissoco Embaló saudou os guineenses de todas as franjas sociais que "têm dado o seu máximo" pelo progresso económico, social e pela consolidação da soberania do país.
"Enfim, a independência nacional que hoje começamos a celebrar é um legado que se transmite à juventude guineense - a portadora do futuro que nós queremos ter", referiu.
O chefe de Estado guineense desafiou a juventude do país a assumir-se como "a geração de concreto", nomeadamente na consolidação do Estado de direito democrático.
Umaro Sissoco Embaló aproveitou a ocasião para também agradecer à comunidade internacional e organizações parceiras pelos apoios que têm dado ao país, bem como aos guineenses radicados no estrangeiro pela sua contribuição para a melhoria das condições na Guiné-Bissau.
"São nossos irmãos que, estando lá fora, na verdade, eles também estão cá dentro, como um só povo e uma só nação", vincou.
Para o Presidente guineense, o dia de hoje é da unidade nacional, da conciliação entre todas as etnias, religiões e pessoas de todas as condições sociais, pelo que deve ser dia de festa, de reflexão e de comunhão, disse.
O discurso do Presidente guineense acontece numa altura em que se assiste a uma escalada da tensão entre a classe política que o acusa de tentativa de "controlar todas as instituições do Estado" e partidos políticos.
Recentemente, forças policiais ocuparam novamente as instalações do parlamento onde instalaram a 2.ª vice-presidente, Satu Camará, como a responsável principal do órgão, em "substituição" de Domingos Simões Pereira, presidente do órgão legislativo.
Partidários do Presidente acusam Simões Pereira de ter incorrido numa tentativa de golpe de Estado ao permitir que a Comissão Permanente do parlamento abordasse a situação no Supremo Tribunal de Justiça, atualmente a funcionar sem quórum de juízes, contrariando o Presidente guineense, que tinha ameaçado agir se este assunto fosse abordado.
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Lusa/Fim
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