Luís Montenegro, que hoje marcou presença na cerimónia de concessão de honras de Panteão Nacional a Eça de Queiroz, destacou nas redes sociais que o escritor deixou ao país "fiéis retratos do seu amor a Portugal".
"Do fulgor das suas crónicas, à admiração profunda pela terra, é um dos escritores essenciais do nosso país e um dos melhores artífices da nossa língua. Homenageá-lo com honras de Panteão, na atarefada cidade ou no fresco da serra, é, mais do que uma justa reparação, uma oportunidade para relembrar quem somos", referiu.
A Assembleia da República aprovou por unanimidade em janeiro de 2021 um projeto de resolução do PS para "conceder honras de Panteão Nacional aos restos mortais de José Maria Eça de Queiroz, em reconhecimento e homenagem pela obra literária ímpar e determinante na história da literatura portuguesa".
A resolução aprovada em 2021 surgiu em resposta a um repto lançado pela Fundação Eça de Queiroz e foi concretizada hoje, numa cerimónia que contou com discursos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.
A trasladação foi contestada por seis dos 22 bisnetos do escritor, que recorreram à justiça para a impedir, recurso que foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Administrativo.
Eça de Queiroz morreu em 16 de agosto de 1900, aos 54 anos, em Paris, e foi sepultado em Lisboa. Em setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João, na capital, para um jazigo de família no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião.
Nascido na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, em 1845, foi autor de contos e romances, entre os quais "Os Maias", que gerações de críticos e investigadores na área da literatura consideram o melhor romance realista português do século XIX.
A sua vasta obra inclui títulos como "O primo Basílio", "A cidade e as serras", "O crime do padre Amaro", "A relíquia", "A ilustre casa de Ramires" e "A tragédia da Rua das Flores".
SMA (IEL/AL/FM) // ACL
Lusa/Fim
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