Este projeto, que leva os maiores de 65 anos a conhecer e experimentar várias expressões de arte urbana e que conta com 57 edições em Portugal e em países como Brasil, Estados Unidos da América, Espanha, Reino Unido e Canadá, contabilizando cerca de 700 participantes no projeto, celebra no sábado 10 anos de atuação, anunciaram os promotores.
Trata-se de uma iniciativa desenvolvida pelo CoworkLisboa em parceria com o WOOL | Covilhã Arte Urbana e que tem continuado o seu percurso ao longo dos anos pela mão da Mistaker Maker, plataforma de intervenção artística sediada em Lisboa, criada pela arquiteta Lara Seixo Rodrigues em 2014.
O aniversário será celebrado através da realização de uma oficina, aberta a toda a comunidade maior de 65 anos, mediante inscrição prévia, que decorrerá nas tardes de sexta-feira e sábado, entre as 14:00 e as 18:00, no "espaço irmão" daquele onde se realizou a primeira edição de sempre, o NOW_Beato.
"No dia 12 de novembro, celebramos os 692 idosos que tivemos o prazer de conhecer, de escutar, de partilhar conhecimento, levar até à rua e abraçar. [...] Celebramos todas as suas histórias que nos inspiram diariamente. Celebramos todas as descobertas sobre a mais bela das gerações", afirmou Lara Seixo Rodrigues.
Ainda no âmbito da celebração do aniversário, a equipa Lata 65 está a preparar um livro que incluirá registos das ações realizadas e inúmeros testemunhos de antigos alunos (um pouco de todo o mundo), formadores, parceiros, fundadores, investigadores e entusiastas.
O projeto Lata 65 consiste em oficinas de arte urbana dedicadas a maiores de 65 anos, ministradas em ambientes de trabalho totalmente descontraídos, ideais para a aprendizagem das mais variadas técnicas de intervenção nas ruas.
O objetivo deste projeto é aproximar os menos jovens de uma forma de expressão habitualmente associada aos mais novos, bem como "provar que conceitos como envelhecimento ativo e solidariedade entre gerações fazem, a cada dia mais, sentido".
"Trata-se também de uma forma de demonstrar que a arte urbana tem o poder de fomentar, promover e valorizar a democratização do acesso à arte contemporânea, pela simplicidade e naturalidade com que atinge as mais variadas faixas etárias sendo que uma das grandes conclusões destes 10 anos de atividade é que a idade é (apenas) um número", acrescentam os organizadores.
AL // TDI
Lusa/Fim
Comentários