Apesar da "recessão histórica" registada no primeiro semestre, as previsões de hoje são melhores, no entanto, que a estimativa de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha avançada no verão (-6,3%).

Por outro lado, o crescimento do PIB apontado para 2021 é revisto em baixa para os 3,5% nas previsões de outono face aos 5,3% avançados em julho.

Em 2022, a Comissão Europeia estima um abrandamento para os 2,6% do crescimento do PIB.

A Alemanha -- a maior economia da zona euro - deverá registar este ano um défice orçamental de 3,4% do PIB, que deverá recuar para os 2,7% em 2021 e os 1,9% do PIB em 2022.

As previsões para a dívida pública, por seu lado, apontam para um peso de 71,2% este ano, recuando para os 70,1% em 2021 e os 69,0% do PIB em 2022.

A taxa de inflação deverá ficar-se nos 0,4% em 2020, subindo para os 1,4% em 2021 (abaixo dos 1,5% avançados no verão) e fixando-se nos 1,3% no ano seguinte.

A taxa de desemprego estimada para este ano é de -1,0%, fixando-se nos 0,2% em 2021 e 0,6% em 2022.

Bruxelas refere no documento hoje divulgado que a economia da Alemanha, devido à pandemia da covid-19, "sofreu a contração mais acentuada de que há registo, no primeiro semestre do ano", tendo recuado 2% no primeiro trimestre e 10% no segundo.

A Comissão Europeia estima uma recuperação no terceiro trimestre, que deverá ser, no entanto, contrariada pelas novas subidas de casos de covid-19, em meados de outubro, que obrigaram a novas medidas de contenção, nomeadamente restrições em viagens, alojamento, restauração e outros serviços.

Apesar de a recessão deste ano parecer agora menos grave do que o esperado, as perspetivas continuam incertas dado o ressurgimento de casos de covid-19 e os desafios estruturais enfrentados pela indústria transformadora alemã, prevê o executivo comunitário.

IG // MSF

Lusa/fim