
A reunião, que deverá centrar-se sobretudo na guerra na Ucrânia e ocorrerá num terceiro país, terá lugar ao nível de diretores de departamento, explicou à agência RIA Novosti.
Riabkov destacou que existe o acordo de abordar, em profundidade, através de "consultas integrais" todos os assuntos "aborrecidos" que dificultam a normalização das relações bilaterais.
"Temos manifestado aos norte-americanos a nossa disposição de iniciar este trabalho o quanto antes", sublinhou.
O diplomata destacou que Washington estuda, neste momento, as propostas que a delegação russa apresentou na terça-feira, durante a primeira ronda, realizada na capital saudita, Riade.
"Saudamos a mudança de tom por parte dos Estados Unidos", disse.
Ao mesmo tempo, considerou que estão ainda sem resposta as perguntas sobre em que medida e quando as declarações se transformarão em factos práticos.
Entre as prioridades russas, destacou o regresso de seis propriedades diplomáticas arrestadas em território norte-americano, o aumento do número de diplomatas e a aprovação do embaixador russo, após a renuncia do antecessor, antes das eleições presidenciais.
Pela sua parte, deu por iniciado o trabalho de preparação da esperada reunião entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump.
"O acordo sobre a reunião deve ser precedido por um intenso trabalho preparatório. De facto, já começou. E as negociações de Riade são uma parte importante desse trabalho", indicou.
A Rússia e os EUA acordaram, em Riade, iniciar um processo de normalização diplomática, respeitar os interesses geopolíticos e criar grupos de trabalho para negociar um acordo pacífico para a guerra na Ucrânia.
Depois de o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, assegurar que não reconhecerá os resultados das conversações sem a participação de Kiev, Putin garantiu que ninguém excluiu os ucranianos da mesa de negociações.
Tanto russos como norte-americanos coincidiram em opor-se à presença dos europeus, que reagiram aprovando um novo pacote de sanções a Moscovo, que entrará em vigor por ocasião do terceiro aniversário da guerra, na segunda-feira.
AH // ACL
Lusa/fim
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