O TUI julgou improcedente o recurso do chefe do executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, após o acórdão do Tribunal de Segunda Instância (TSI), que anulara o ato administrativo de demissão de Fong Soi Kon.

Em 11 de abril de 2018, Fernando Chui Sai On decidiu aplicar "a pena disciplinar de demissão" a Fong Soi Kun, mas, como o antigo diretor dos SMG estava já aposentado, foi determinada "a suspensão do abono da pensão de aposentação pelo período de quatro anos".

Pouco menos de um ano depois, em 04 de abril, o TSI de Macau considerou procedente o recurso interposto por Fong Soi Kun.

Fong Soi Kun apresentou a demissão em 24 de agosto de 2017, um dia a seguir à passagem do tufão Hato, que causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em 1,3 mil milhões de euros. Em março do ano passado, foi oficializada a reforma voluntária do ex-diretor do SMG.

Em novembro, Fernando Chui Sai On instaurou um processo disciplinar contra o ex-diretor e a antiga subdiretora dos SMG Florence Leong, após a conclusão do inquérito aberto na sequência do tufão Hato.

O processo disciplinar instaurado concluiu que "houve responsabilidade disciplinar por parte dos dois trabalhadores, em virtude de os mesmos, culposamente, não terem exercido as suas funções com a eficiência que era devida", de acordo com um comunicado.

Em outubro de 2017, o relatório do Comissário Contra a Corrupção (CCAC) apontava "procedimentos irregulares", "elevado grau de arbitrariedade" e "decisões fruto do juízo pessoal do ex-diretor" dos SMG.

Fong foi acusado de içar tardiamente os sinais de tufão, o que pode ter prejudicado a capacidade de a cidade se prevenir contra o impacto da tempestade, que obrigou a hastear o sinal máximo (10).

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