"Para garantir que temos a força de combate mais letal do mundo, vamos livrar as nossas forças armadas da ideologia transgénero", disse na segunda-feira o chefe de Estado aos legisladores republicanos, reunidos na Florida (sudeste).
O número de pessoas transgénero nas forças armadas dos EUA está estimado em cerca de 15 mil, num total de cerca de dois milhões de militares.
Trump tentou impor uma proibição às tropas transgénero durante o primeiro mandato, entre 2017 e 2021, mas a decisão foi suspensa por uma batalha judicial durante anos.
O sucessor de Trump, o democrata Joe Biden anulou a proibição de Trump pouco depois de ter assumido o cargo e autorizou as pessoas transgénero a servir nas forças armadas norte-americanas.
A nova ordem sobre as tropas transgénero não impõe uma proibição imediata, mas orienta o Departamento da Defesa dos Estados Unidos a elaborar uma política sobre o seu serviço nas forças armadas com base na prontidão militar, disse uma pessoa com conhecimento do assunto à agência de notícias Associated Press.
Durante a campanha para as eleições presidenciais de novembro, Trump prometeu várias vezes acabar com a "ilusão dos transgénero".
O político republicano considera que a os Estados Unidos estão ameaçados pelo que descreve ser uma invasão de ideias progressistas.
De acordo com o Instituto Williams da Universidade da Califórnia, aproximadamente 1,6 milhões de pessoas com mais de 13 anos, incluindo 300 mil adolescentes, se identificam como transgénero nos Estados Unidos.
Donald Trump tomou posse a 20 de janeiro como 47.º Presidente dos Estados Unidos, regressando à Casa Branca após um primeiro mandato entre 2017 e 2021.
Pouco antes de tomar posse, o republicano disse que iria assinar uma ordem executiva que obriga a administração a reconhecer apenas "dois sexos: masculino e feminino".
Também na segunda-feira, Trump prometeu reintegrar os soldados e oficiais expulsos das forças armadas dos EUA por se recusarem a tomar uma das vacinas contra a covid-19.
"Ofereceremos reintegração total a qualquer membro do serviço que tenha sido expulso das forças armadas devido ao mandato da vacina covid", disse o magnata.
Pelo menos 8.200 soldados foram forçados a abandonar o exército norte-americano em 2021 por se recusarem a obedecer a uma ordem legal quando se recusaram a tomar a vacina.
Em 2023, foram convidados a regressar, mas apenas 113 se voltaram a alistar.
A pandemia de covid-19 causou a morte de pelo menos sete milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo mais de 1,2 milhões só nos Estados Unidos.
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