Além destas escolhas, lançamos neste final de ano uma ferramenta que acreditamos ser útil para todos os dias do ano que aí vem: o Resumo do Dia, onde poderá encontrar a síntese das principais notícias de cada dia e das capas de jornais dessa data, basta navegar pelo calendário que surge no topo do SAPO24. Uma ferramenta que estreamos num formato adaptado a Resumo do Ano 2016. Esperamos que vos seja útil e caso tenham sugestões de melhoria não deixem de enviar para 24@sapo.pt ou, se for o caso, dar um pulo no nº32 da Fontes Pereira de Melo, Lisboa, 3º andar.
Apesar de 2016 ter feito muitas vezes justiça à máxima que ‘no news are good news’ [falta de notícias são boas notícias] desejamos que 2017 seja um ano em que as notícias sejam um instrumento útil de cidadania, uma responsabilidade partilhada por quem as produz e por quem as lê. E que seja um ano de boas notícias!
O direito à felicidade
Rute Sousa Vasco
É difícil não escolher a madrugada de 24 de junho como um momento-chave de 2016. Na nossa noite de São João, a Europa mudou e o mundo mudou. Nessa noite assistimos, incrédulos, ao evoluir de uma votação que, sabendo-se renhida desde o início, queríamos acreditar que acabaria por ter o desfecho mais previsível à ordem instalada.
(desculpem o plural mas acredito que, mesmo quem desejava o contrário, foi surpreendido)
Na madrugada de 24 de junho, o Reino Unido votou favoravelmente à saída da Europa. Por uns quantos milhares de votos, a campanha pelo “leave” ganhou e o Brexit aconteceu. Eu capitulei pelas quatro da manhã, vencida pelo sono. Fui dormir inquieta com os comentários de uma analista da BBC que dizia que os resultados em dois distritos eram “estranhos” - num deles, favorável à permanência, a margem de vitória deveria ter sido muito mais expressiva, e noutro, favorável à saída, a margem de vitória deveria ter sido menor. Isto, claro, na perspetiva que ainda se mantinha, às quatro da manhã, de que - apesar de tudo o que se fez de errado nos últimos 20 anos desta Europa - os britânicos iriam escolher ficar.
Acordei poucas horas depois e a Europa já era diferente. O Reino Unido estava fora da União Europeia. Desde 9 de novembro de 1989 que não tinha a sensação tão vincada de estar a viver um momento histórico. Da história do mundo mas muito em particular da que me é mais próxima - a da Europa. Mas a 9 de novembro de 1989 eu era uma miúda acabadinha de entrar na faculdade e o anunciado Fim da História era também o desejado início da era do progresso e, se quiserem, de uma espécie de felicidade finalmente conquistada em que não teríamos mais muros, campos de concentração, segregação, violência. Era o mundo visto pelos olhos de uma miúda, é certo, mas não era um mundo perfeito. Havia tanto para fazer, tanto para melhorar, tanto para criticar. Simplesmente, nem que fosse só durante essa noite de novembro de 1989, foi possível acreditar que tinha ficado definitivamente para trás um tempo de ignorâncias, de arrogâncias e de medos.
A 24 de junho, a História voltou a mostrar que a ignorância, a arrogância e o medo estarão sempre connosco enquanto houver humanidade. E que a História nunca acaba mas precisa sempre, em todos os tempos, de pessoas que acreditem que há uma felicidade a conquistar e que esse é um direito fundamental, como estipula a constituição americana.
Quase a terminar o ano, e depois da mesma cidade de Berlim que a 9 de novembro de 1989 fez História ao derrubar um muro, o presidente de uma Alemanha unificada falou de um atentado que em vésperas de Natal deixou o país de luto e o mundo um pouco mais triste. Disse Joachim Gauck : “Sentimos o medo. Mas o medo não nos domina. Sentimos a impotência, mas a impotência não nos domina. Sentimos a raiva. Mas a raiva não nos domina".
Em 2017 eu quero poder voltar a ir dormir descansada sem medo do mundo que me espera ao acordar.
O monstrengo
João Dinis
“O Mostrengo” é um poema de Fernando Pessoa que gosto particularmente. Termina assim:
“Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um Povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo;
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!”
A primeira pessoa do poema, a que se dirige ao “Mostrengo” (metáfora para os perigos do mar, qual Adamastor de Camões), é o “homem do leme”. Não o dos Xutos & Pontapés, mas aquele que simboliza o líder português dos Descobrimentos.
Confesso que de cada vez que leio este poema - não são assim tantas, relaxem…! -, fico arrepiado. Como fico arrepiado de cada vez que vejo e ouço outro “poema”, improvisado, da autoria de Manuel Fernandes Silva.
“Atenção, Eder, ali muito forte na luta, a segurar.
A fazer o remate…
GOLO! EDER, EDER, EDER, Ederzito!
Gigante! É gigante, Eder!
É golo de Portugal!
EEEEEEDER! Eder a marcar, quem diria?
Saiu do banco e está decidido: Portugal está na frente.
Um-a-zero. Eder!”
O leitor já compreendeu que cometi a ousadia de comparar a seleção francesa de futebol ao “Mostrengo” e o “homem do leme” à seleção nacional, aqui personificada por Eder, o miúdo feito homem no Lar Girassol, nos arredores de Coimbra. O seu golo, que vi e revi mais de 100 vezes (estimativa conservadora), foi um dos momentos de esperança num ano recheado de coisas menos boas, de Trump a Alepo, de atentados terroristas a tragédias com aeronaves.
Por tudo isto, aquele momento (e os dias inebriados que se seguiram), ninguém nos tirará. E como sou um otimista por natureza, preferirei sempre recordar o ano de 2016 como aquele em que vi Cristiano Ronaldo levantar a taça de campeão da Europa por Portugal do que por qualquer outra razão.
Obrigado, Eder. Bom ano de 2017!
Um oásis com sol e ondas
Ruben Martins
Aqui há uns dias lia um artigo na edição europeia do Politico que tinha como título "porque se tornou Portugal num Oásis de estabilidade?". Por esta altura, mas há um ano atrás, andávamos à espera que o 'Borda de Água', anuário da cultura agrícola e astrológica, ditasse uma data para o fim de um acordo à esquerda que sustenta o governo de António Costa; tal como recomenda a qualquer agricultor que plante as suas batatas no quarto minguante.
Comentadores enchiam espaços informativos com as proféticas teorias, tão proféticas como aquelas que previam que o Brexit não iria acontecer e que Donald Trump nem perto do portão da Casa Branca ia chegar. Parece que em 2016 saiu tudo ao contrário.
Por cá houve lugar a uma impressionante estabilidade política, é mesmo esta a palavra. Quem diria que Costa conseguia alinhar PCP e Bloco, Verdes e PS, como num qualquer jogo de '4 em linha'?
Os conselhos de Costa internacionalizaram-se e até Pedro Sanchéz esteve por cá a pedir ajuda ao Primeiro-ministro, mas não teve a mesma sorte e "la coalición à la izquierda" em Espanha não se concretizou.
Por cá, as greves passaram a ser a exceção e não a regra e o medo de um novo colapso financeiro parece agora mais afastado, mesmo que por vezes se incite à presença de um diabo que parece não querer vir. Talvez o diabo esteja à espera do 'visto gold', ou tenha esbarrado nos impostos sobre os combustíveis que o estão a impedir de chegar ao gabinete de Centeno. No fim de contas, oposição e Governo deviam querer o melhor para o nosso país, é certo que as visões são diferentes, e é bom isso acontecer. Mas não há como tornar uma boa notícia numa má, e quando as boas notícias acontecem deve-se reconhecer o valor de quem as tornou possível.
Marcelo e Costa são rádios na mesma frequência. E esta foi talvez das melhores coisas que podia ter acontecido a Costa em 2016, a par da vontade (expressa) de quase 3 milhões de portugueses. Marcelo sempre soube respeitar isto e distribuiu afetos, acabou por aproximar as pessoas da figura do Presidente da República e do político. Se é certo que durante muitos anos, salvo raras exceções, a aproximação com o político era apenas feita a nível local, Marcelo levou o papel de Presidente da República para outro nível.
A somar a tudo isto, Portugal venceu o Europeu de Futebol pela primeira vez, a extrema-direita não recolhe intenções de voto significativas no nosso país, o desemprego está a voltar aos números anteriores à crise, fomos palco da WebSummit e centenas de outras conferências e congressos especializados, recebemos distinções internacionais na área do turismo e António Guterres começa 2017 à frente das Nações Unidas.
Portugal é um oásis, e ainda por cima tem sol e praia e nem é preciso andar muito para lá chegar.
Houve estrelas que se apagaram
Rita Sousa Vieira
Do cinema à política, o obituário de 2016 é pesado. Já muito se escreveu sobre o tema, mas é preciso torná-lo pessoal.
2016 deixou-nos mais pobres. A lista de estrelas que se apagaram é enorme. De David Bowie a Carrie Fisher, fomos por várias vezes apanhados de surpresa com a mais triste das notícias e sentimo-la como se fosse com um dos nossos.
Foi um ano bastante complicado para os melómanos. O mundo musical perdeu alguns dos seus nomes maiores, pioneiros na sua área, fonte de inspiração para gerações, rostos de um movimento, da pop ao rock, do punk à soul.
Para quem cresceu musicalmente com algumas das suas influências já silenciadas, este ano é especialmente duro. É o confronto. Vim ao mundo vinte e dois dias antes de ser lançado o "Nevermind" e mais de dez anos depois é que o ouvi pela primeira vez. Nasci muitos anos depois de serem lançadas algumas das minhas principais referências musicais. Ainda assim, vivi a minha adolescência a ouvir aqueles que fizeram um turbilhão de emoções a adolescência das gerações anteriores. A manhã de 10 de janeiro, dia em que acordei com um telefonema que dava conta da morte do David Bowie, é um virar de página. Um soco no estômago. E se há coisa que aprendi com essa manhã foi que a dor deve ser tudo menos silenciosa. Como eu, muitos terão algo a dizer sobre que sentiram quando ligaram a rádio Radar nesse dia. E garanto, a tristeza foi o menor dos sentimentos.
David Bowie. Prince. Alan Vega. Leonard Cohen. Sharon Jones. George Michael. Obrigada.
2016 foi cruel. Entremos no novo ano ao som de “Dream Baby Dream” (Alan Vega, Suicide), entre a esperança e o desespero.
“Dream baby dream / Forever / Keep those dreams burnin' forever”
O primeiro ano do resto das nossas vidas? Talvez
Tomás Albino Gomes
Acredito que 2016 será recordado como um ano de marcos históricos, alguns que podem mesmo ter alterado o rumo da história. Com a saída do Reino Unido da União Europeia e a eleição de Donald Trump para Presidente dos Estados Unidos da América é impossível não perspecivar mudanças; grandes mudanças.
Talvez este seja mesmo o primeiro ano do resto das nossas vidas. Voltamos a viver um período de descrédito na democracia e no processo de integração dos povos. A opção dos partidos de ideologia ligada à extrema-direita ou à extrema-esquerda começa a ser considerada, e só isso assusta. Assusta mais ainda quando quando existem sondagens que apontam para a possibilidade de tais movimentos ganharem eleições, é como recuar no tempo, é como destruir o progresso.
É com orgulho que olho para o nosso país que tanto destoa com o resto da Europa. Portugal foi em 2016 um exemplo na integração de refugiados, a saída da União Europeia foi um rumor infundado e a paz reinou. E depois houve Marcelo.
A eleição de Marcelo Rebelo de Sousa para Presidente da República, logo no início do ano, deu outra força ao país. Marcelo segurou a chamada “Geringonça”, que também se mostrou de boa saúde num ano que era crucial para o seu sucesso, e mostrou de que forma o poder político pode estar próximo dos cidadãos.
Portugal foi uma lufada de esperança numa Europa negra, desacreditada, regida por um futuro incerto.
Leicester: o campeão de todos nós
Abílio Reis
Não entre em alvoroço, inusitado coração lusitano que franziu a testa ao ler o título. E não desespere ao continuar pelas linhas que se seguem. Até porque quem as escreve tem a noção de que ser campeão de futebol inglês não é, certamente, mais importante do que ganhar o Euro2016. Não se pode dizer que este seja o “momento” do ano a nível desportivo. Esse, com toda a justiça, pertence à conquista da nossa seleção (vá, talvez seja um pouco mais a Fernando Santos do que ao resto). Mas a verdade é que o Leicester nos fez recordar quanto o futebol pode ser bonito. E um momento destes não pode cair no esquecimento só porque demos com a luva branca do Éder na cara dos franceses em pleno Stade du France.
É verdade que se trata de um "marco" que não chega ao mesmo número de pessoas, para a tia Ermelinda, a avó Blimunda ou a madrinha Lurdes, a vitória do Leicester diz pouco.
Mas é uma conquista que para o mundo do futebol diz muito. Especialmente se o avô Aníbal nutrir um afeto pela redondinha e contar histórias como a conquista dos homens de Belém, em 1946. Há cerca de 70 anos, o Belenenses fez aquilo que nenhum outro fez, pelo menos nos cinquenta anos seguintes: ganhar o campeonato nacional de futebol. São estes anos atípicos que nos fazem sonhar e acreditar que o Football Manager também pode acontecer no mundo real.
Especialmente se tivermos em conta que as “raposas” eram apenas um tema ‘bonito’ durante a primeira metade da época nas conversas de café. Só mais tarde, volvida a complicada fase dos meses de dezembro/janeiro, e com o Leicester a permanecer no topo do principal escalão do futebol inglês, é que se começavam a colocar as primeiras questões. Será que é mesmo possível? Será que podem mesmo ser campeões?
Demos por nós a seguir a pequena equipa inglesa de Ranieri e queríamos que conseguisse ultrapassar os mais difíceis obstáculos. Não tinha estrelas, não tinha milhões e não tinha história. Só que tinha tudo o resto, aquilo que faltou aos crónicos candidatos: humildade e cultura de trabalho. O Leicester tinha acabado de subir à I divisão e estava prestes a ser campeão do mais competitivo campeonato o mundo. Eis a prova de que nem tudo se resume a uma condição de grandeza onde prevalecem os melhores, a elite. Foi o colmatar da máxima hardwork pays off [o trabalho duro recompensa]. O talento é crucial, mas o desejo, esforço e ética de trabalho chegaram, neste caso, mais longe.
De repente, éramos todos Leicester. Queríamos que a equipa que lutava como nenhuma outra, que tinha um sonho, levasse a melhor sobre os outros. E levou.
Em maio, pela primeira vez na história, o Leicester foi campeão inglês. Não foi o Manchester United, que continua a ser o emblema mais titulado, que festejou. Não foram os milhões do rival City. Não foram os outros muitos milhões do Chelsea. Nem o campeão de títulos de início de época, o Arsenal, que chegou em primeiro depois de 38 jornadas.
David bateu não um, mas cinco (para além dos Big Four, o Tottenham bateu o pé até ao fim) Golias.
Foi um ano em que uma equipa tinha a sua força no coletivo que levou a melhor contra todas as contrariedades possíveis. E que provou que com a mentalidade e peças certas, tudo pode acontecer.
Tratou-se de um campeão que mostrou aos clubes grandes que ter um desconhecido Kanté a cobrir léguas, quilómetros e todas as medidas que existam no dicionário; um mágico de rua magrebino Mahrez a espalhar truques e virtuosismo nas alas; um galgo chamado Jamie Vardie que justifica as loucas correrias com o seu pequeno-almoço composto por “três Red Bull, um café expresso duplo e uma omeleta de queijo e fiambre”; um operário centro-campista Drinkwater; o samurai Okazaki e o matreiro Ulloa; ter o calibre e liderança do capitão whiskey Morgan ou a solidez e frieza nórdica de um guarda-redes que em pequeno se treinava no estádio de Alvalade com o pai Schmeichel, era o bastante para mostrar o porquê de o futebol ser o desporto-rei, e o único a despertar paixões de uma maneira que não pode ser equiparada com nenhuma outra.
Um ano agridoce
Inês F. Alves
A avaliação do ano que passou é, mesmo que não seja essa a intenção, sempre pessoal. E 2016 foi um ano duro, agridoce, em que as grandes conquistas foram sendo temperadas por dolorosas derrotas. Mas, verdade seja dita, estamos hoje mais atentos, resistentes e preparados. Podes vir, 2017. Estamos prontos.
Ver Costa e a sua “geringonça” fintar todas as adversidades - de viagens pagas pela Galp a sanções que não passaram de um susto - e, ao mesmo tempo, ter Marcelo a distribuir afetos, numa presidência mais próxima das pessoas, ajudou a levantar a moral do povo… a vida parece mais fácil, menos austera. Ao mesmo tempo, o contexto internacional não podia ser mais assustador. Do Brexit, passando por Trump e pelo espaço - e voz - que tem ganho a extrema-direita europeia. No que toca a resiliência, é de salientar o Nobel da Paz deste ano, Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia: negociou um acordo que visava colocar um ponto final mais mais de 50 anos de conflito e viu-o chumbado em referendo. Prometeu que não ia desistir, voltou à mesa nas negociações e viu o segundo entendimento aprovado pelo Senado. A meio caminho, ganhou o Nobel da Paz.
Ainda fora de portas, mas sobre aqueles que nos são próximos, é curioso lembrar - por oposição - duas figuras de peso: Durão Barroso e António Guterres. Enquanto um escolheu servir o Goldman Sachs - banco que teve um papel preponderante na crise de 2008 - Guterres foi escolhido por unanimidade e aclamação para liderar as Nações Unidas. Agridoce, mais uma vez.
Não podemos deixar de referir - e, não, nunca é demais - que este foi o ano em que Portugal bateu a França no relvado e se consagrou campeão europeu de futebol. Meses mais tarde, vimos os nossos atletas olímpicos e paralímpicos aterrar Lisboa com medalhas ao peito. Vitórias, que podem e devem ser recordadas. No entanto, e para provar mais uma vez o conceito, foi também em 2016 que perdemos Camilo de Oliveira e Nicolau Breyner, entre outros, muitos, demais para um ano só.
Mas há esperança: Obama tornou irreversível por decreto a aproximação a Cuba, O zika já não é uma emergência de saúde pública, encontraram o Martim e o Lourenço conseguiu nascer saudável apesar de a sua mãe estar em morte cerebral há semanas.
E, claro, não podia deixar de referir que este ano o SAPO24 começou uma nova etapa, com uma imagem renovada e uma aposta na produção de conteúdo próprio. Temos muito que caminhar e 2017 é também isso, a oportunidade de fazer mais e, de preferência, melhor. Por esta equipa, pela qual só posso estar grata, e por si, que nos acompanha desse lado.
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