Sete mortes nos incêndios e seis crianças feridas numa escola: um dia de dor para Portugal

Após uma noite complicada, o dia continuou a desafiar todos os operacionais presentes no combate aos incêndios que assolam o país nos últimos dias. Hoje, três bombeiros morreram no combate a um incêndio que teve origem em Nelas. As vítimas pertenciam ao corpo de Vila Nova de Oliveirinha, confirmou ao SAPO24 a Proteção Civil da Região de Coimbra. Os bombeiros que faleceram são Sónia Cláudia Melo, Paulo Jorge Santos e Susana Cristina Carvalho, segundo a nota de pesar da Proteção Civil.

A difícil situação vivida no nosso país obrigou a Conselho de Ministros extraordinário. Após o seu término, o presidente da República foi o primeiro a falar e destacou a “serenidade” demonstrada pelos portugueses depois de um período particularmente difícil.

“Foi bom que o primeiro-ministro e o presidente da República não tivessem tido uma mensagem facilitista", explicou.

Depois, o primeiro-ministro anunciou ao país que a “situação de alerta será prolongada até às 23h59 da próxima quinta-feira” e anunciou também a elevação para a situação de calamidade em "todos os municípios afetados por estes incêndios, o que permite que a equipa multidisciplinar que está no terreno e é coordenada pelo ministro Castro Almeida possa oferecer o apoio mais imediato e urgente às pessoas que ficaram sem casa, sem meios de subsistência" e trabalhar no "elenco de todos os prejuízos que estão a ser causados para que a resposta seja o mais rápida possível".

Garantiu ainda que a situação de calamidade vai ter também em conta “regimes excepcionais para que todos os profissionais da Administração Pública possam estar disponíveis para as operações nos próximos dias, a começar pelos bombeiros”.

Após uma "primeira análise", e "se houver enquadramento", o governo promete que não deixará de acionar "o Fundo de Solidariedade Europeu, se os requisitos desse acionamento se vierem a verificar".

Mas há outro tema a marcar este dia de dor para Portugal: na Azambuja viveram-se momentos de pânico. Na Escola Básica 2-3, um aluno de 12 anos esfaqueou os colegas, crianças entre os 12 e 14 anos. As vítimas são seis feridos menores, cinco ligeiros e um grave. Foi também feita uma assistência a um adulto professor pela situação de ansiedade vivida no momento do crime.

“Os alunos agredidos são de várias turmas” e o ataque “foi indiscriminadamente, conforme [os colegas] foram aparecendo, agredia-os”, explicou o presidente da Câmara Municipal, Silvino Lúcio, acrescentando que o agressor “tinha vestido um colete antibala”.

Os feridos ligeiros foram levados para o hospital de Vila Franca de Xira e o ferido grave para Santa Maria, em Lisboa, com um ferimento ao nível do tórax e da cabeça, não correndo até ao momento risco de vida.

Em reação ao sucedido, tanto o presidente da República como o primeiro-ministro condenaram o ataque. Numa nota publicada no site oficial da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa “lamenta e repudia o incidente esta tarde ocorrido numa escola secundária perto de Lisboa” e afirma que “nenhumas circunstâncias podem legitimar um tal ato de violência”.

Através da rede social X, Montenegro afirmou que condena "nos termos mais veementes o ataque ocorrido na Escola Básica na Azambuja e faço votos de plena e rápida recuperação aos alunos feridos", começou por sublinhar. Reforçou também que este se tratou de um "ato isolado e de um fenómeno estranho à sociedade portuguesa" que "deve fazer refletir com sentido de responsabilidade todos os que atuam no espaço público".

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