As novas armas da Ucrânia para travar os (grandes) avanços da Rússia no território

Esta foi uma semana 'positiva' para a Ucrânia, pelo menos no que diz respeito aos pedidos de armamento que Volodymyr Zelensky tinha feito ao seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden.

Qual a notícia?

Depois de no passado sábado Joe Biden ter dado permissão para que a Ucrânia utilizasse mísseis norte-americanos em território russo, esta quarta-feira o líder dos americanos aceitou fornecer minas antipessoais para a luta dos ucranianos contra a Rússia.

Washington vai enviar para Kiev “minas antipessoais não persistentes”, equipadas com um dispositivo de autodestruição ou autodesativação, disse à agência de notícias France–Presse, na terça-feira à noite, a mesma fonte, que não foi identificada.

A decisão surgiu horas após fontes do Pentágono terem dito que os Estados Unidos vão enviar para a Ucrânia 275 milhões de dólares (260 milhões de euros) em novas armas, antes de Donald Trump tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro de 2025.

A administração de Joe Biden está a apressar-se para fazer o máximo que puder para ajudar Kiev a combater a Rússia nos dois meses que restam ao atual Presidente norte-americano, pois o pacote de ajuda está ainda por aprovar.

E foram só os norte-americanos a ajudar?

Não. O Reino Unido também aprovou o uso de mísseis Storm Shadow em resposta ao envio de tropas norte-coreanas para a Ucrânia por parte da Rússia, o que o governo britânico considerou como uma "escalada" na guerra.

E já esta quarta-feira a Ucrânia disparou mísseis Storm Shadow, sendo a primeira vez que os ucranianos utilizam esse tipo de míssil na guerra. Estes projéteis são feitos para destruir alvos estáticos e muito grandes.

E quais as razões para estas novas medidas?

Oficialmente não há. No entanto, estas decisões poderão estar relacionadas com o facto da Rússia ter ganho quase seis vezes mais território em 2024 do que em 2023, sendo que desde setembro o terreno conquistado é também superior ao do ano passado, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).

Em 2023 nenhum dos lados obteve quaisquer ganhos territoriais importantes, mas este ano tudo parece diferente, com os números a apontarem para que a Rússia esteja a ganhar neste campo. Os dados do ISW revelam que os comandados de Vladimir Putin capturaram cerca de 2.700 quilómetros quadrados de território ucraniano só em 2024, contra os 465 km2 em todo o ano de 2023 e mais de 1.000 km2 foram conquistados entre 1 de Setembro e 3 de novembro.

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