A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras apresenta as primeiras conclusões de hoje a um mês, após 37 audições e sete depoimentos escritos, nos quais vários responsabilizaram o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales.
A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras já recebeu oficialmente a resposta do Presidente da República de que não vai voltar a pronunciar-se sobre a matéria.
O Presidente da República anunciou hoje que decidiu não voltar a pronunciar-se sobre o chamado caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria por não terem surgido novos dados relacionados com qualquer intervenção sua.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, Rui Paulo Sousa, pediu hoje ao chefe de Estado que diga se pretende responder, ou não, perante os deputados.
O antigo secretário de Estado Adjunto e Saúde António Lacerda Sales negou hoje “qualquer interferência pessoal ou política” para favorecer as gémeas luso-brasileiras e confirmou que o caso foi abordado numa reunião com Nuno Rebelo de Sousa.
O antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales vai ser hoje ouvido pela segunda vez na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, naquela que deverá ser a última audição deste processo.
A Assembleia da República vai recorrer da decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) que impôs a mudança do nome da comissão de inquérito ao chamado caso das gémeas, considerando que este tribunal invadiu competências do parlamento.
A jornalista Sandra Felgueiras, que divulgou o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria, considerou hoje que o Presidente da República tratou este caso de forma diferente dos outros pedidos de ajuda que lhe chegaram.
A ex-presidente do Hospital Santa Maria e atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, rejeitou hoje comentar a decisão da administração que a antecedeu por ter garantido o acesso ao medicamento Zolgensma para tratar doentes com atrofia muscular espinal.
O presidente do Conselho de Administração do grupo Lusíadas Saúde admitiu hoje que o medicamento que as gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinal receberam no Hospital Santa Maria não estaria disponível no setor privado naquela altura.
O ex-presidente do Hospital Santa Maria Daniel Ferro revelou hoje que alertou o Governo para o impacto financeiro de tratar várias crianças com o medicamento recebido pelas gémeas luso-brasileiras e afirmou que o desconforto manifestado pelos médicos “é justificado”.
O neuropediatra Tiago Proença dos Santos, do Hospital Santa Maria, disse hoje que a médica Teresa Moreno foi pressionada para marcar a primeira consulta das gémeas luso-brasileiras em 2019, mas referiu que nenhum clínico admitiu "interferência política".
A comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras decidiu hoje pedir ao Presidente do parlamento que recorra da decisão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) para mudar o nome e passar a usar a designação oficial completa.
O diretor de Neuropediatria do Hospital de Santa Maria disse hoje não acreditar que a primeira consulta das gémeas luso-brasileiras em 2019 tenha sido marcada a pedido do ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde António Lacerda Sales.
A neuropediatra Joana Coelho disse hoje que o processo de agendamento da primeira consulta das gémeas luso-brasileiras no Hospital de Santa Maria foi excecional e que houve relutância dos médicos em fazê-lo.
O diretor comercial da Lusíadas Saúde afirmou hoje à comissão de inquérito que não teve nenhuma intervenção na marcação da consulta das gémeas luso-brasileiras naquele hospital privado e que não conhece o filho do Presidente da República.
O ex-ministro da Saúde Manuel Pizarro afirmou que não questionou António Lacerda Sales sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com um dos medicamentos mais caros do mundo e que “não é um procedimento regular” a tutela marcar consultas.
O antigo consultor do Presidente da República para a área da saúde Mário Pinto negou ter-se reunido com o ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales para falar sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.
O parlamento aprovou hoje em plenário, por unanimidade, a suspensão dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras durante a discussão do Orçamento do Estado para 2025, de 30 de outubro a 2 de dezembro.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva negou hoje qualquer “interferência política” no processo atribuição da nacionalidade às gémeas luso-brasileiras, considerando que foi “normalíssimo do ponto de vista da lei”.
A inspetora Marta Gonçalves disse hoje que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) não encontrou evidências de que as gémeas tenham tido tratamento preferencial quando receberam o Zolgensma ou que o erário público tenha sido lesado.
A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras vai responder à Procuradoria-Geral da República (PGR), na sequência do parecer que rejeita enviar cartas rogatórias para o Brasil, considerando que “tem alguns fundamentos errados”.
A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras decidiu hoje suspender os trabalhos durante a discussão do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), entre os dias 30 de outubro e 2 de dezembro.
O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) rejeitou enviar cartas rogatórias para o Brasil visando a audição do pai das gémeas luso-brasileiras e da companheira do filho do Presidente da República, após pedidos da comissão parlamentar de inquérito.